A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) segue investigando a morte de mais de 130 moreias, encontradas em praias de João Pessoa no final de dezembro de 2024. Após análises realizadas por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi descartada a hipótese de contaminação das águas por poluição, vírus ou bactérias. A principal suspeita agora recai sobre a ação humana.
Segundo o superintendente da Sudema, Marcelo Cavalcanti, amostras de água e dos animais foram coletadas em diferentes pontos, incluindo praias, recifes e alto-mar. Os resultados laboratoriais indicaram que as moreias não apresentavam sinais de doenças infecciosas ou intoxicação ambiental. No entanto, marcas de cortes feitos por instrumentos cortantes, como facas, foram identificadas em algumas das moreias analisadas.
Conforme relatos colhidos junto a pescadores locais, as moreias, por possuírem baixo valor comercial, costumam ser utilizadas como isca em práticas de pesca. Além disso, foi observada a presença de embarcações desconhecidas navegando entre os municípios de Cabedelo e Conde, levantando suspeitas sobre atividades de pesca irregular na região.
“Os indícios apontam cada vez mais para a intervenção humana. Já entramos em contato com o capitão dos portos da Paraíba para identificar as embarcações que estavam na área e verificar se suas atividades atendem à legislação”, explicou Marcelo Cavalcanti em entrevista à rádio CBN João Pessoa.
O caso, que ocorreu no dia 26 de dezembro de 2024, segue em apuração. Além de identificar os responsáveis, a Sudema reforça a necessidade de monitoramento das atividades pesqueiras na costa para evitar possíveis infrações ambientais.