O governador João Azevêdo se reuniu, na tarde desta quinta-feira (9), no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e ministros do Governo Federal, além de outros governadores do Nordeste. No encontro, o gestor paraibano expôs sua preocupação em relação à gestão das águas da transposição do Rio São Francisco e à Medida Provisória 868/18, que prevê a privatização do sistema de saneamento básico, e recebeu a garantia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que os assuntos serão levados para análise da equipe responsável pela área. Na ocasião, também foi assegurado para a próxima semana o detalhamento do Plano Mansueto, que trata do restabelecimento do equilíbrio fiscal dos Estados e do Distrito Federal.
O chefe do Executivo da Paraíba e os demais governadores do Nordeste ainda debateram temas relacionados à educação e à retomada de obras importantes para o crescimento econômico e geração de empregos na Região.
A Carta dos Governadores do Nordeste, entregue na oportunidade ao presidente da República, aponta como pontos prioritários para a discussão com o Governo Federal a prorrogação e ampliação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), negociação em razão de condenações judiciais sobre diferenças do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), revisão dos cortes em desfavor de Universidades e Institutos Federais e retomada urgente de obras federais no Nordeste, principalmente nas áreas de segurança hídrica, habitacional e rodoviária.
Após a reunião, João Azevêdo apontou a necessidade de se rever a Medida Provisória 868. “Esse texto que prevê a privatização das Companhias precisa ser revisto com o diferencial e as características de cada Estado, principalmente os Estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, que são beneficiados com a transposição do Rio São Francisco. Precisamos saber como fica essa relação, o tratamento dos recursos que serão pagos à Codevasf, quem vai arcar com isso, ou seja, há a necessidade efetiva de se ter um tratamento e uma discussão mais detalhada”, observou.
Para o governador, alternativas para os Estados que não pretendem privatizar suas Companhias precisam ser apresentadas. “A Cagepa, por exemplo, é uma Companhia superavitária porque voltou a dar lucro nos últimos anos e, a partir do momento que se impõe, gera um problema muito grande, pois as empresas privadas buscarão os sistemas mais viáveis e se deixa de ter o subsídio cruzado, ou seja, sistemas de pequenas cidades que são inviáveis economicamente não terão interesse e são os que ficarão para as Companhias, o que tornará praticamente impossível porque você terá contas de água com benefício fiscal de R$ 10,00 a R$ 15,00 que passarão a R$ 40,00 ou R$ 50,00, impondo à população mais pobre uma condição para manter o sistema e ela não vai suportar”, avaliou.
O chefe do Executivo estadual também fez ponderações sobre investimentos para a educação. “Nós pedimos que houvesse, por parte da equipe econômica, uma discussão sobre os recursos do Fundef que são processos que se arrastam e que tentam receber recursos da União, discutimos a questão do novo Fundeb e como ele será implementado a partir do próximo ano e apresentamos ao presidente e ao ministro da Economia o pedido para rever esses cortes nas Universidades porque imaginar um corte de 30% dos recursos destinados à educação num país como o Brasil é preocupante”, argumentou.
Em relação ao Plano Mansueto, o governador disse que a matéria precisa ser conhecida detalhadamente, pois os Estados têm ratings diferentes . “A Paraíba, por exemplo, tem rating B, que permite a contratação de empréstimos com o aval da União e que deve ter um tipo de tratamento; para os Estados que não têm essa condição é preciso ter outro tipo de tratamento e de exigência”, explicou.
Também estiveram presentes no encontro, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; o ministro substituto da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes; o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Santos Cruz; e o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida.
Secom/PB
Veja como adquirir a certificação digital para pessoa física sem burocracia
Na tarde desta quinta-feira (28), uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mamanguape, litoral…
Faz semanas que o mercado está esperando medidas estruturais de corte de gastos. Os números…
Quinze municípios paraibanos ainda não possuem sala de coleta para realização da triagem neonatal, popularmente…
Neste ano, os consumidores de Campina Grande têm mais um importante canal de comunicação para…
A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) condenou o plano de…
O ex-candidato a prefeito de Campina Grande, Jhony Bezerra (PSB), demonstrou seu apoio à candidatura…