A capital paraibana registrou uma queda de 81% no índice pluviométrico durante o mês passado. A média histórica de julho é 240 milímetros, mas segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa) choveu apenas 45,8 milímetros. A principal causa foi a diminuição da força dos ventos que trazem a umidade do Oceano Atlântico para a costa nordestina. Mesmo com a redução significativa, João Pessoa ocupa o posto de cidade onde mais choveu este ano, com 1.338,6 milímetros.
O setor de Monitoramento e Hidrometria da Aesa também anotou índices pluviométricos bem abaixo da média histórica em cidades localizadas nas regiões Brejo e Agreste. Em Campina Grande, onde a média histórica de julho é 110 milímetros, choveu 17,4 milímetros. Já em Areia, a média é 190 milímetros, mas o registrado foi 35,4.
“Houve uma diminuição no Sistema de Alta Pressão do Atlântico Sul. Durante os meses de junho e julho a atuação dele foi fraca, o que fez com que os ventos que trariam umidade para a nossa costa não conseguissem chegar aqui. Além disto, a temperatura do Oceano Atlântico não estava aquecida o suficiente para que ocorressem maiores chuvas na faixa leste do Nordeste”, explicou a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira.
A perspectiva é de que este sistema meteorológico continue com uma atuação tímida durante este mês. “Acreditamos que as chuvas devem ficar um pouco abaixo da média em agosto no Litoral, Brejo e Agreste. No caso do Cariri e Sertão, não são esperadas chuvas significativas nesta época do ano, uma vez que os maiores índices pluviométricos nestas regiões ocorrem em fevereiro, março e abril”, completou Bandeira.
Além da capital paraibana, integram a lista das dez cidades onde mais choveu este ano na Paraíba: Cabedelo (1.275,3mm), Alhandra (1.262,8mm), Rio Tinto (1.095,4mm), Mataraca (1.086,5mm), Cruz do Espírito Santo (1.045,9mm), Pilões (997,5mm), Baía da Traição (989 mm) e Mamanguape (976,1mm) e Cuité de Mamanguape (973,2mm).
Açudes – Dos 126 reservatórios monitorados pelo Governo do Estado, 36 estão com mais de 20% do seu volume total, 36 tem menos de 20%, 51 estão em situação crítica (com menos de 5% do volume total) e 3 estão sangrando. A relação completa e o nível de cada reservatório estão disponíveis no site www.aesa.pb.gov.
Secom