O juiz José Guedes Cavalcanti Neto autorizou a quebra de sigilo bancário e o bloqueio das contas de Samuel Segundo, ex-funcionário do Hospital Padre Zé, um dos suspeitos de furtar mais de R$ 500 mil em celulares da unidade.
Os aparelhos foram doados e o dinheiro deveria ser usado para manutenção do hospital. O pedido de quebra de sigilo e bloqueio foi feito pela delegada Karina Torres, da Polícia Civil.
Na solicitação, a autoridade policial anexou conversas de Samuel negociando a venda dos aparelhos. Uma conta da mãe dele, Valquíria Veloso Cunha, também foi alvo de pedido de bloqueio e quebra de sigilo. Ela teria recebido pagamentos das vendas.
O promotor do Ministério Público da Paraíba deu parecer favorável à quebra de sigilo e bloqueio de contas. “Vê-se que a jurisprudência é pacífica em autorizar a quebra do sigilo bancário quando verificada a prática de conduta delituosa, tal como in casu, posto que necessário se faz obter as informações de transações realizadas das contas bancárias citadas, sendo também imprescindível o bloqueio de eventuais valores existentes, para, dessa forma, viabilizar as devidas restituições à vítima”.
Na petição, a delegada afirmou que restou evidenciado que Samuel Segundo incorreu no delito de furto qualificado, causando o prejuízo de R$ 525.877,77 referente aos produtos furtados no interior do Hospital Padre Zé. “Com base nos fatos anteriormente narrados, o bloqueio dos bens e das contas utilizadas por (…) se torna medida imprescindível à necessidade de serem reunidos todos os elementos de prova que permitam de maneira contundente, demonstrar a prática do ilícito de furto qualificado e lavagem e ocultação de bens”.
A apuração é do Blog Conversa Política, do Jornal da Paraíba.