O Instituto de Polícia Científica da Paraíba já colocou em funcionamento o setor de análise instrumental do Laboratório de Toxicologia Forense, que permite a caracterização e elucidação de crimes. O diretor do IPC, perito criminal Humberto de Araújo Pontes, informou que o novo equipamento faz parte do projeto de reaparelhamento e modernização do laboratório de Toxicologia Forense. O equipamento está orçado em aproximadamente R$ 1 milhão.
Os equipamentos, adquiridos com recursos do Governo Estadual e do Ministério da Justiça, estão sendo utilizados no exame de quantificação de etanol no sangue (alcoolemia) de motoristas, na pesquisa e identificação de inseticidas e outras substâncias tóxicas nos casos suspeitos de mortes por envenenamento, na pesquisa e identificação de substâncias químicas controladas e/ou proscritas presentes em amostras colhidas de pessoas ou apreendidas, além de muitas outras aplicações.
Humberto Pontes explicou que após a implantação do sistema, o motorista que se recusava a submeter-se ao teste de bafômetro, que antes era realizado na Polícia Rodoviária Federal ou exame clínico visual, agora é submetido ao teste de alcoolemia realizado no laboratório.
Segundo o diretor do IPC, o material a ser examinado é coletado nas vítimas de acidentes de trânsito para detectar sintomas de embriagues ao volante ou outro tipo de substância tóxica. O material coletado é encaminhado ao laboratório forense onde é feito o exame.
Desde a implantação do Laboratório de Toxicologia Forense já foram realizados cerca de 25 exames.”Com a divulgação através da imprensa desta nova tecnologia, temos a certeza que a procura será bem maior”, disse Humberto. No setor trabalham três peritos químicos legal e uma técnica de laboratório.
Para a realização do exame é necessária requisição através de um delegado de polícia. A partir de então, é possível determinar a dosagem alcoolizada ou quantidade de substância ingerida pelo motorista que causa dependência química. De acordo com a legislação de trânsito, acima de seis decigramas de álcool por litro de sangue caracteriza infração penal.
Os equipamentos químico-analíticos possuem moderna tecnologia e enorme sensibilidade. Com estas novas ferramentas tecnológicas, explicou Humberto Pontes, o Instituto de Polícia Científica da Paraíba começa a figurar no patamar de outros órgãos periciais do Brasil quanto aos exames químicos-toxicológicos.
Secom PB