A Prefeitura de João Pessoa aproveita ao mês de agosto para reforçar a conscientização da população para a importância do enfrentamento à violência contra a mulher. Como forma de chamar atenção para o tema, o letreiro João Pessoa, que fica na praia de Tambaú ganha a cor lilás até o final desta semana.
A ação compõe as atividades da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para o Agosto Lilás, campanha que busca educar, conscientizar e enfrentar a violência contra a mulher e, acontece em parceria com alguns órgãos como o Ministério Público. Além de dar cor ao letreiro, os serviços da Rede Municipal de Saúde têm realizado palestras e rodas de conversas com as usuárias para uma maior conscientização sobre o tema, além de orientações sobre onde buscar auxílio, caso seja necessário.
“O Agosto Lilás tem por objetivo alertar a sociedade sobre a importância de lutarmos contra a violência doméstica. Essa conscientização é de extrema importância para que cada vez mais, as mulheres saibam dos seus direitos e não fiquem com medo de denunciar. A sociedade como um todo, deve criar uma rede de apoio e proteção para essas vítimas e, dentro da Secretaria de Saúde, temos mantido uma rede estruturada para identificar as mulheres em situação de violência, nos serviços da ponta, como nas unidades de saúde, além de acolhê-las e prestar uma assistência humanizada diante da situação vivenciada”, destaca a secretária executiva de Saúde, Janine Lucena.
Em João Pessoa, o Instituto Cândida Vargas (ICV) é a referência para atendimento de mulheres e meninas (a partir da primeira menstruação) em situação de violência doméstica e sexual, desde 2006. Essas usuárias podem buscar o serviço por demanda espontânea ou encaminhadas/acompanhadas por instituições da rede de atenção.
“É crucial que as usuárias vítimas de estupro cheguem ao ICV em até 72 horas do ocorrido para receber a profilaxia contra infecções sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. Na recepção, elas são classificadas como prioridade máxima e encaminhadas para exames laboratoriais e teste rápido, além de serem acolhidas por uma equipe multidisciplinar para evitar a revitimização”, destaca Sandra Garcia, coordenadora multiprofissional do ICV.
Durante o acolhimento, é feita a escuta qualificada que busca ofertar o atendimento integral, respeitando a diversidade e a singularidade de cada indivíduo. Após o atendimento inicial, as usuárias são acompanhadas por seis meses por uma equipe composta por ginecologista, psicóloga e assistente social, com encaminhamentos adicionais conforme necessário. De janeiro a julho de 2024, o ICV assistiu 114 mulheres em situação de violência.
Serviços – Em João Pessoa, a Prefeitura mantém uma rede estruturada para acolher mulheres vitima dos variados tipos de violência. Essa rede é composta por serviços diversos como o Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra e Ronda Maria da Penha, além do Instituto Cândida Vargas.
Para informações sobre demais serviços e entender quando procurar cada um, a população pode entrar em contato através do número 3213-7351.
PB Agora