Foi liberado nesta segunda-feira (5) o último dos sete corpos dos adolescentes que foram mortos em uma rebelião ocorrida no centro educacional, Lar do Garoto, em Lagoa Seca, no Agreste da Paraíba, após perícia do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande. O corpo ainda aguardava reconhecimento e a apresentação da família para a liberação.
As mortes ocorreram na madrugada do sábado (3) e seis corpos já haviam sido liberados até o fim da manhã do domingo depois de passarem por procedimentos de perícia e exames.
Segundo o Instituto de Polícia Científica (IPC) e o Numol, das sete vítimas, cinco foram carbonizadas e morreram, depois que foram trancadas em um dos quartos do Lar do Garoto que foi incendiado. Outras duas vítimas foram agredidas até a morte, mas uma ainda teve o corpo carbonizado depois. Os laudos do IPC e Numol ainda não foram divulgados.
Ainda na rebelião, outros adolescentes ficaram feridos e dois deles foram encaminhados para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Um deles já recebeu alta e outro de 16 anos segue internado em estado de saúde regular. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o adolescente passou por cirurgia, por causa de ferimentos provocados por arma branca.
Entenda o caso
Na madrugada do sábado (3), uma rebelião terminou com sete internos mortos e outros dois feridos no Lar do Garoto, unidade socioeducativa no Agreste da Paraíba. As vítimas foram espancadas e seis delas queimadas ainda vivas. Na rebelião 6 internos fugiram.
Segundo a Polícia Civil, a rebelião e mortes foram planejadas e coordenadas por quatro internos que já são maiores de 18 anos. Três deles foram presos em flagrante e saíram do Lar do Garoto para o presídio Raymundo Asfora (Serrotão), em Campina Grande.
De acordo com a direção do Lar do Garoto, após a rebelião foram encontradas facas, barras de ferro e espetos dentro do centro. Dos 25 quartos existentes no local, sete deles foram parcialmente destruídos. Os danos foram na parte elétrica, telhado e grades.
Redação com G1