O paraibano está vivendo mais. Além dos avanços da medicina e da tecnologia, a busca por uma rotina mais saudável também é responsável pelo aumento da expectativa de vida. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou no Censo 2010 que 757 paraibanos já chegaram aos 100 anos. Destas pessoas, 112 residem em João Pessoa, cidade considerada favorável às necessidades dos idosos.
Atualmente, a expectativa de vida do brasileiro é de 73,1 anos e deve chegar a 81,29 anos até 2050, estima o IBGE. Segundo as estatísticas, as mulheres vivem mais que os homens, são 77 anos delas em contraste com os 69 anos deles. Na Paraíba existem 46.598 mulheres e 32.502 homens com idades entre 80 e 99 anos. Várias medidas sociais e políticas têm favorecido o aumento da esperança de vida, dentre os fatores está também o cuidado com a própria saúde. Pessoas que realizam exames preventivos periodicamente têm condições de viver mais.
Mais importante que viver muito é viver bem.Dona Juvina Soares Pessoa comemorou seu centenário nesta semana com uma missa de ação de graças com a família. “Minha mãe chegou bem aos 100 anos, acho que isso é muito importante. Conheço pessoas com menos idade que ela debilitadas; e ela tem uma saúde estável, alimenta-se e caminha por conta própria e reconhece as pessoas, está bastante lúcida”, avalia a filha Maria Gláucia Pessoa.
Dona Juvina se relaciona bem com os filhos, netos e bisnetos, que se orgulham da boa saúde da matriarca. Ela nasceu no município de Mogeiro, no interior do estado, no dia 16 de maio de 1911. Sua filha Gláucia atribui o equilíbrio mental e orgânico da mãe às práticas saudáveis que ela manteve ao longo da vida. “Minha mãe viveu na fazenda, longe de poluição, comendo bons alimentos e também sempre foi muito religiosa o que a deixou com a mente ocupada”
Ao mesmo tempo em que a expectativa de vida aumenta, verifica-se um número menor de novos brasileiros. O Brasil possui uma taxa de natalidade menor que a de países desenvolvidos comoEstados Unidos, França e Inglaterra. Atualmente, a média de nascidos vivos é de 15,8 a cada mil brasileiros. O aumento da longevidade, associado ao declínio das taxas de nascimentos projetam o Brasil como um país mais adulto no futuro.
O Norte