Mais um prefeito de oposição e ligado ao senador Cícero Lucena, resolve aderir ao projeto do governador José Maranhão, de disputar a reeleição como pré-candidato do PMDB.
Trata-se de Manoel Marcelo de Andrade (PSDB), de Serra Redonda, que também já anunciou seu apoio à pré-candidatura de Benjamin Maranhão à Câmara dos Deputados.
Marcelo tomou esta decisão no último final de semana, por entender que José Maranhão é a melhor opção para a Paraíba, a partir da desistência de Cícero de disputar a sucessão estadual nas eleições de outubro próximo.
Já são mais de 60 adesões em pouco mais de um ano, de prefeitos eleitos pelo grupo de oposição, ao governador José Maranhão, desde que assumiu o mandato, em 18 de fevereiro de 2009.
A ‘enxurrada’ de adesões tem incomodado a oposição, que insiste em não acreditar nas palavras dos gestores municipais e tentam emplacar a tese da cooptação. Os recém-aliados desmentem e falam em parceria e até união de forças pelo projeto de José Maranhão.
É o caso, por exemplo, do prefeito de Nova Floresta, João Elias da Silveira Neto (‘Meu Louro’), do DEM, que se aliou a candidata a prefeita Maria de Fátima Dantas Azevedo, presidente do Diretório do PMDB no município. Adversários nas eleições municipais de 2008, os dois já anunciaram a Maranhão que decidiram se unir pelo projeto de reeleição do governador.
“Essa união é importante porque precisamos de todas as forças juntas para que o governador possa dar continuidade ao trabalho que vem desenvolvendo nessa administração, por mais quatro anos. O prefeito acredita nisso e, por isso, decidiu apoiar o governador nessa luta”, destacou Fátima Azevedo.
Para o prefeito de São João do Rio do Peixe, José Lavoisier (PP), a relação entre o governo do Estado e a Prefeitura está acima de arestas políticas. “Nada impede uma parceria política e institucional entre prefeito e governador. Alguns prefeitos ficam inibidos, mas o caminho não é esse. Acima de tudo, está a população”, ressaltou.
José Lavoisier acredita que o político tem de preservar o interesse público. Ele, que foi um dos que aderiram a Maranhão, disse que o governador tem trabalhado sem mesquinhez política e sem perseguição. “Quando a pessoa quer conquistar e crescer tem de trabalhar dessa forma”, garantiu o prefeito.
Itamar Mangueira (DEM), prefeito de Triunfo, complementou o que pensa Lavoisier: “É uma parceria de administração para administração”, disse o gestor, eleito pelo DEM. “Eu conheço o trabalho dele (Maranhão) e o governo municipal não pode andar sem a parceria com o Estado”, afirmou Itamar.
O prefeito de Belém do Brejo do Cruz, Germano Lacerda (PSB), já decidiu qual pré-candidatura apoiar nas eleições deste ano: a do governador José Maranhão. “Eu sou PSB, mas nem por isso vou desviar do progresso do Estado”, justificou Germano Lacerda. Em tom bastante seguro, o prefeito disse não temer retaliação.
Germano Lacerda ressaltou que o apoio a Maranhão passa por seguir o desenvolvimento da Paraíba. Também citou como pontos positivos o diálogo honesto e o trabalho por parte do governo Maranhão III em relação à gestão anterior.
Portas abertas – O governador José Maranhão, por sua vez, afirmou que levar ações aos 223 municípios paraibanos é uma das prioridades do governo. Ele tem respondido às críticas da oposição, que o acusa de tentar cooptar os gestores, afirmando que as portas do Palácio da Redenção estão abertas a todos, independente de partido.
“A gente pode até ser adversário do prefeito e o prefeito adversário do governador, mas nem o prefeito, nem o governador podem ser adversários do povo”, ressaltou o governador. E mais: “Hoje existe um novo governo, que respeita a opinião pública e, sobretudo, que respeita os administradores públicos”.
A causa da ‘dor de cotovelo’ da oposição, como classificou Maranhão, seria porque os prefeitos têm sido recebidos, sem discriminação, para discutir projetos e ações de governo. Para Maranhão, a parceria entre governo do Estado e municípios é uma necessidade. “Quando você tem parceria, você potencializa os recursos empregados em torno de qualquer obra”, disse o governador.
Maranhão afirmou que todas as adesões conquistadas, por parte de prefeitos eleitos pela oposição, foram espontâneas e sem barganhas. Perguntado sobre que estratégia iria adotar para “segurar” essas alianças, Maranhão afirmou que “em tese toda aliança que se faz é visando uma vigência duradoura”.
“As adesões não são negociação na base do toma lá dá cá. Todos me procuraram espontaneamente, sem apresentar nenhum condicionamento. Eu tenho certeza de que serão duradouras porque correspondem a um anseio da própria população”, declarou.
Da Ascom do PMDB