Após longas e intermináveis filas formadas em volta do ginásio O Meninão e na sede do Fome Zero, terminou as inscrições para as casas próprias a serem construídas em Campina Grande através do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Mais 15 mil pessoas se inscreveram para concorrer a uma das 4.100 casas que estão em construção no Complexo Aluízio Campos, no bairro do Ligeiro, na cidade. As pessoas enfrentaram longas filas ao longo de todo o período de inscrição. Muitos campinense dormiram nas filas e enfrentaram uma jornada de mais de 12 horas na espera de efetivar a inscrição. Houve muita reclamação contra a PMCG. Tendas chegaram a ser formadas pelas famílias para. concorrer a 4,1 mil casas.
O cadastramento começou no dia 26 de outubro e terminou para todo o público na sexta-feira (6). A segunda-feira (9) foi reservada para apenas grávidas, idosos e deficientes
O secretário de Planejamento e Obras de Campina Grande, André Agra, explicou que agora será realizada uma auditoria nos dados. “Muitos desses cadastros podem não vigorar. Nós vamos cruzar com Cehap, IPTU e vamos verificar se todas informações são verdadeiras. Uma parceria com o Ministério Público Federal também está sendo feita para auxiliar na fiscalização”.
Segundo o secretário na primeira fase do projeto apenas mil estarão disponíveis.
André disse que o próximo passo será a realização de um cruzamento de dados dos inscritos para, assim, ocorrer um processo democrático na política habitacional do município.
– As inscrições ficaram dentro de uma margem aceitável e agora vamos fazer uma fiscalização e auditoria nos números e, possivelmente, alguns desses cadastros não venham a vigorar. Vamos cruzar os dados com a Cehap, com IPTU e assim vamos verificar, uma a uma, se as informações prestadas são fidedignas – ressaltou o secretário.
Agra ainda ressaltou que a secretaria está dialogando com o Ministério Público Federal para realizar o monitoramento e que serão criadas ouvidorias e portais de denúncias.
O conjunto habitacional fica localizado no bairro do Ligeiro e é a maior obra do programa ‘Minha Casa, Minha Vida em andamento no Brasil’, segundo a prefeitura de Campina Grande. Além das mais de 4 mil casas, serão construídas em uma área de 800 hectares 150 indústrias, duas escolas, três creches, duas Unidades Básicas de Saúde e um Centro de Assistência Social (CRAS). O valor da obra gira em torno de R$ 300 milhões.
PBAgora