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Mais de 25% dos pequenos negócios da Paraíba fecharam as portas após cinco anos de funcionamento

Levantamento realizado pela instituição também indica que 69% dos entrevistados possuem alguma experiência ou conhecimento prévio sobre o segmento em que atuam 

Independente de qual seja o motivo, por necessidade, oportunidade ou satisfação pessoal, ingressar no universo do empreendedorismo e manter um negócio funcionando de forma sustentável é um grande desafio para qualquer empresário, especialmente no universo das micro e pequenas empresas. É o que revela pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional, que constatou que 26% dos pequenos negócios da Paraíba fecham as portas após completarem cinco anos de funcionamento.  

O número faz parte da pesquisa “Sobrevivência de Empresas”, realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal. Para verificar a taxa de mortalidade dos pequenos negócios, o estudo analisou, no final de 2020, dados de empresas criadas entre os anos de 2015 e 2019. A partir das datas de criação e baixa dos CNPJs nesse período, a pesquisa verificou, na Paraíba, que o período de cinco anos completos é o que registra a maior taxa de mortalidade no estado.  

Conforme os números, após esses 26% de pequenos negócios que fecham as portas depois de cinco anos, a maior taxa de mortalidade de empresas no estado, 24%, é daquelas que possuem quatro anos de funcionamento. Já entre as empresas que possuem três anos de funcionamento, a taxa de mortalidade verificada no estado é de 21%. Em seguida, aparecem as empresas com dois e um ano de funcionamento, cuja taxa de mortalidade é, respectivamente, de 17% e de 11%.  

Para a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, as taxas de mortalidade de pequenos negócios reveladas pela pesquisa demonstram, entre outros aspectos, a falta de experiência dos empreendedores. “O período de cinco anos se torna o limite suportável para a maior parte das empresas às condições adversas do mercado. Além disso, a falta de experiência, capacitação técnica e de uma visão mais completa de mercado acabam se tornando os fatores mais comuns para o fechamento do negócio”, explicou.  

Além de verificar a taxa de mortalidade das empresas, a pesquisa realizada pelo Sebrae também entrevistou, na Paraíba, 89 empreendedores de pequenos negócios, com o objetivo de analisar os fatores determinantes para a sobrevivência ou mortalidade das empresas. Conforme os dados, 69% dos entrevistados disseram que já possuíam alguma experiência ou conhecimento anterior sobre o segmento em que atuam, enquanto 31% responderam que não tinham essa base de informação.  

Ainda sobre conhecimento, questionados se pelo menos um dos sócios-proprietários da empresa já havia feito, após a sua abertura, algum curso para melhorar o nível de conhecimento sobre a administração de um negócio, 57% responderam que não, enquanto 43% disseram que já haviam realizado alguma capacitação. Já sobre a situação do proprietário antes de abrir a empresa, 68% disseram que não estavam desempregados nem procurando emprego até três meses antes da abertura do negócio, situação que foi vivenciada por 32% dos participantes.  

“Diante dos dados, o Sebrae sempre recomenda um planejamento mínimo, com busca de informações sobre o ramo de atividade em que irá empreender. Além disso, saber informações do perfil de cada cliente, dos fornecedores e concorrentes é essencial para um início mais estável. Por fim, também é importante lembrar que a capacitação empreendedora é fundamental para aumentar as chances de sucesso no negócio”, concluiu Ivani Costa.  

Com Sebrae/PB

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