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Mão de obra qualificada e automação industrial são desafios do setor moveleiro da PB

 Campina Grande recebe edição do Showroom Tecnológico de Máquinas e Equipamentos. Com mais de 400 empresas atuando no Estado, setor emprega 6 mil



A segunda edição do Showroom Tecnológico de Máquinas e Equipamentos foi aberta nesta terça-feira, 14 de outubro, no Senai, em Campina Grande. Esta é a primeira vez que a cidade recebe o evento, que durante a abertura reuniu expositores, empresários, gestores do Sebrae Paraíba e profissionais do setor moveleiro de toda a região. Na Paraíba, o setor reúne 400 empresas, emprega cerca seis mil pessoas e tem como desafio a qualificação de mão de obra e a automação industrial.

 

Com uma programação que segue até o dia 16, o evento conta com oficinas tecnológicas gratuitas orientadas por especialistas em madeiras e móveis, nove stands de lojas com produtos e serviços específicos para o setor, além de representantes de instituições bancárias e ainda um salão com mostra de maquinários. “Trouxemos para o evento dois tipos de máquina de corte, uma delas que conta com recurso de software.

 

Os empresários paraibanos estão atentos a essas inovações, e é importante que se use equipamentos que possam oferecer precisão, qualidade, produtividade, baixo custo e ainda segurança aos operadores”, explicou o gerente comercial Tiago Rodrigo da Silva Costa, de São Bento do Sul, Santa Catarina.

O empresário João Paulo Ferreira, proprietário de uma empresa de origem familiar que emprega 15 funcionários em João Pessoa (PB), explica que o Showroom Tecnológico de Máquinas e Equipamentos facilita o acesso a tecnologia e a produtos de ponta.

 

“Esse Showroom é uma ótima oportunidade para atrair novos fabricantes para que venham expor mais em nossa região. Além disso, facilita para nós empresários, pois não precisamos viajar para ver de perto o que há de novidade para o setor. Isso tira a ideia de que esses eventos ficam polarizados apenas nas regiões Sul e Sudeste do país”, comenta.

Expositores de Santa Catarina, Paraná, Paraíba e Rio Grande do Sul levaram ao Centro de Inovação e Tecnologia Industrial (CITI), no Senai de Campina Grande, maquinários modernos e informações sobre a tecnologia aplicada ao setor.

O diretor técnico do Sebrae da Paraíba, João Alberto Miranda Leite, comentou o evento. “A gente quer trazer o que tem em novidade de maquinário, tecnologias de projetos e softwares para aproximar do encadeamento produtivo no setor civil, com o foco também em móveis projetados. Há uma carência nesse setor e um evento como esse possibilita essa fomentação de conhecimento.

 

Inclusive para facilitar a compra desse maquinário, através da presença de agentes bancários. Além disso, a ideia foi tirar essa imagem de que os móveis projetados são produtos que demoram a ser entregues. Em alguns casos, esse serviço demora quatro horas entre o pedido e a chegada para a montagem, mas isso só ocorre com muita profissionalização e tecnologia”, disse.

 

Qualificar mão de obra é desafio

 

Incentivar a formação de mão de obra através de cursos específicos e chamar a atenção dos empresários para a importância da automação industrial são alguns dos desafios do setor moveleiro da Paraíba. “As máquinas estão cada vez mais modernas, o uso de softwares é uma tendência de mercado e cada vez mais a produção sai da forma artesanal para a industrial e para isso, é preciso um funcionário bem treinado”, explica o consultor tecnológico da Associação dos Fabricantes de Móveis e Acessórios da Paraíba (AMAP), Jamaci Damaceno.

Segundo ele, a média de permanência de um funcionário nesse tipo de empresa é de dois anos. “A meta é aumentar esse tempo, construir um plano de carreira para o profissional desse setor e estimular para que ele permaneça na cadeia moveleira, atualizando sempre os conhecimentos e conseguindo uma formação continuada”, disse Damaceno.

O diretor do Senai de Bayeux (PB), Jonildo Figueiredo, visitou o evento e anunciou o projeto de montagem de um centro de formação, através de uma marcenaria moderna, que oferecerá cursos na área de montagem, pintura e acabamento de móveis. “Percebemos a carência na formação profissional para esta área e com isso, estamos com um projeto que foi apresentado à direção nacional e deverá ser iniciado ainda em 2015”, explica.

 

Ascom

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