Ainda fazendo uso de tornozeleira eletrônica e cumprindo medidas cautelares impostas pela justiça no âmbito da Operação Calvário, a prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB), que encerra o mandato no próximo dia 31 de dezembro, recorreu à realização de uma rifa para ajudar a bancar os custos de sua defesa no processo.
O objeto responsável por atrair a arrecadação é um quadro do artista plástico paraibano, Flávio Tavares. Cada bilhete está sendo vendido no valor de R$ 50.
O quadro, conforme Márcia, foi doado pelo artista para ajudar a arrecadar dinheiro para pagar os advogados. O sorteio está previsto pra o dia 22 de dezembro e acontecerá ao vivo às 20h, através das redes sociais da prefeita.
Ainda em março desse ano Márcia também recorreu a artifícios de arrecadação monetária ao lançar uma vaquinha virtual, que tinha o mesmo objetivo – bancar as despesas com sua defesa.
A meta era arrecadar R$ 300 mil, mas, até agora, a vaquinha contabiliza pouco mais de R$ 70 mil.
Márcia Lucena (PSB) é acusada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de ter recebido dinheiro da Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Sul (CVB), em 2016, a título de suposta antecipação de propina.
De acordo com o relato dos investigadores, o dirigente da Cruz Vermelha Brasileira, Daniel Gomes da Silva teria feito o pagamento de R$ 100 mil mediante o compromisso da então candidata de que reproduziria no Conde o modelo adotado no Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa, de gestão da saúde através de organizações sociais, no caso, da Cruz Vermelha.
A Câmara Municipal do Conde chegou a aprovar, em 2017, um projeto que permitia a contratação de organizações sociais pela prefeitura. Esse seria, segundo as investigações, o primeiro passo para a entrada da Cruz Vermelha na gestão.
CONFIRA
PB Agora