Animada com o avanço de seu desempenho nas pesquisas, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira que vem conquistando votos de indecisos e mantêm a esperança de disputar o segundo turno com a governista Dilma Rousseff (PT).
Apesar de estar em terceiro lugar nas sondagens, atrás de Dilma e José Serra (PSDB), Marina voltou a dizer que seria um sinal de amadurecimento político a disputa de um segundo turno entre duas mulheres.
“Já estamos conquistando os indecisos e eu peço que nos ajudem a ir para o segundo turno para que com tempo igual possamos debater as propostas”, disse Marina, reiterando que só tem 1 minuto e 20 segundos no horário eleitoral gratuito de rádio e TV.
No melhor desempenho, a candidata do PV obteve 16 por cento dos votos válidos, segundo o Datafolha publicado na terça-feira. Dilma aparece com 51 por cento, percentual que ainda lhe daria vitória no primeiro turno, e Serra com 32 por cento. Os votos válidos excluem brancos e nulos.
“No segundo turno, nós vamos ter igualmente 11 minutos para debater saúde, educação, segurança pública, que é um caos… É fundamental que não se decida açodadamente os rumos do país e se dê uma chance para pensar e ouvir duas vezes”, disse Marina, que participou de um rápido corpo-a-corpo na Central do Brasil no Rio no fim da tarde, horário de intenso movimento.
Ela pediu mobilização da militância. “O que eu peço é que cada homem e cada mulher se mobilize, faça a campanha para que a gente tenha um segundo turno. Duas mulheres no segundo turno depois de 500 anos de história é uma demonstração de amadurecimento político de nosso país”, afirmou.
A candidata, que é evangélica, criticou a adversária Dilma por uma suposta mudança de posição em relação à questão do aborto no país.
“Eu não faço discurso de conveniência. A ministra Dilma falou que era favorável e depois mudou de posição. Minha posição é coerente com aquilo que eu penso e acredito”, afirmou.
Durante um encontro com lideranças católicas e evangélicas, em Brasília, Dilma se declarou contra o aborto e ressaltou que “presidente da República não tem religião”, mas se declarou católica.
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