Uma denúncia levou a Promotoria do Cidadão de João Pessoa a entrar com uma medida protetiva e resgatar a idosa Carmem Azevedo, de 99 anos, que vivia em uma casa aos cuidados de dois ex-empregados, na Av. Santos Dumont, localizada no Parque Sólon de Lucena, no Centro de João Pessoa.
A ação aconteceu na manhã dessa quinta-feira (10), e contou com a participação do Ministério Público do Estado da Paraíba, através da Promotoria do Cidadão, de assistentes sociais, equipe de médicos do Samu e oficiais de justiças.
De acordo com a promotora do Cidadão, Sônia Maria Maia, a idosa é viúva de desembargador, sem filhos e estava sob os cuidados precários de dois ex-empregados que a chamavam de madrinha. Disse ainda que já havia uma ação de interdição dessa idosa, e na época o médico prescreveu que ela estaria capaz de gerir seus bens.
“Durante esse período ela foi considerada apta a gerir esses bens e os ex-empregados se aproveitaram da procuração que estava em poder de um e venderam todos os imóveis”, frisou a promotora. Ela explicou ainda que há dois meses um dos empregados levou uma denúncia de maus-tratos a promotoria que verificou o fato, através das visitas do pessoal do setor psicossocial e constatou que os bens dela estavam sendo negligenciados.
“Constatamos que ela estava sendo vítima de exploração financeira, todos seus bens estavam dilapidados e o Ministério Público entrou com ação pedindo uma medida protetiva e dentro dessa medida pediu para que houvesse a institucionalização, a juíza acatou e realizamos a operação com cuidado para não vazar”, ressaltou a promotora, revelando que tudo foi realizado com cuidado e cautela para não prejudicar a idosa.
Conforme constatou a equipe da Promotoria, a idosa morava em péssimas condições, o mau cheiro predominava na residência e os cômodos eram precários. Ela foi encaminhada juntamente com as assistentes sociais para o Lar da Providência, onde receberá cuidado médico e psicológico.
A promotora informou ainda que, a partir de agora, o Ministério Público entrará como substituto processual e dará proteção integral à idosa. “A parte cível é justamente essa, dar a ela a proteção integral da pessoa idosa sob os cuidados da instituição e parte criminosa começaremos agora”, finalizou a promotora.
MPPB