O ministro Teodoro Silva Santos, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou, nesta sexta-feira (9), mais uma solicitação de libertação do padre Egídio de Carvalho, que está sob custódia desde novembro do ano passado, acusado de desvios no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Esta é a segunda vez que o ministro rejeita o pedido de liberdade do religioso. Recentemente, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba confirmou a decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida, que ordenou a detenção preventiva no ano anterior.
De acordo com o Ministério Público, Egídio teria desviado recursos destinados à saúde para benefício próprio. A investigação indica que ele teria adquirido propriedades de luxo com fundos que deveriam ser destinados à manutenção dos serviços oferecidos pelo hospital filantrópico.
Os advogados de defesa de Padre Egídio de Carvalho entraram com um novo pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) na última segunda-feira (5), numa tentativa adicional de garantir a libertação do padre, após um pedido anterior ter sido rejeitado. Ele permanece detido na penitenciária especial do Valentina Figueiredo, em João Pessoa.
Padre Egídio está sob custódia desde novembro, acusado de desvio de recursos do Hospital Padre Zé. Sua defesa argumenta que ele não representa uma ameaça para as investigações e que sua saúde está debilitada, com várias condições psiquiátricas, hipertensão e diabetes. Além disso, destacam que ele é o único cuidador de sua mãe, uma idosa de 92 anos.
No mês passado, um pedido anterior de habeas corpus foi negado pelo STF e remetido ao Tribunal de Justiça da Paraíba. O tribunal manteve a detenção preventiva do padre, que é acusado de desviar mais de 140 milhões de reais do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana.
Na semana passada, seus advogados apresentaram um documento com 36 testemunhas, incluindo figuras políticas e autoridades eclesiásticas, em busca de uma nova reviravolta no caso.
O julgamento do habeas corpus solicitando a liberdade do Padre Egídio de Carvalho Neto foi realizado sob a relatoria do ministro Teodoro Silva Santos, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a distribuição para a relatoria.
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