No ano passado, um homem de Picuí que buscava realizar um transplante renal no Hospital Nossa Senhora das Neves, em uma cirurgia custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), viu seu sonho ser frustrado e sua saúde gravemente comprometida devido a problemas decorrentes da atuação de um anestesista envolvido em um cartel. O paciente, acompanhado de seu irmão, que seria o doador do órgão, sofreu com uma série de complicações durante o procedimento, levando à perda do rim que seria transplantado.
A situação ganhou notoriedade após o Ministério Público Estadual (MP) tomar conhecimento do caso e exigir uma investigação minuciosa para apurar a responsabilidade dos médicos envolvidos na cirurgia. O Blog Poder PB apurou com exclusividade que MP solicitou ao Hospital Nossa Senhora das Neves, a lista completa de todos os profissionais que participaram do procedimento cirúrgico em questão.
Segundo informações apuradas, o paciente enfrentou dificuldades durante o transplante devido à atuação inadequada do anestesista. O profissional estava atendendo simultaneamente em mais de uma sala, configurando uma prática proibida e arriscada. Com a atenção dividida, o anestesista não pôde proporcionar o cuidado adequado ao paciente, que acabou se mexendo durante a cirurgia, comprometendo a eficácia da anestesia e resultando na perda do rim doador.
O caso também envolveu o irmão do paciente, que generosamente se dispôs a doar o órgão necessário para o transplante. Contudo, devido às falhas na condução da cirurgia, o rim foi perdido, afetando não só a saúde do receptor, mas também a do doador.
O MP, preocupado com a gravidade do ocorrido e com a suspeita de envolvimento de um cartel de anestesistas, decidiu agir de forma diligente e requisitar a lista completa de médicos que atuaram no procedimento, visando aprofundar a investigação e garantir que as devidas medidas legais sejam tomadas.
O inquérito sobre o caso segue em sigilo, sob o número: 002.2022.031606
do PoderPB