Uma inspeção realizada pelo Ministério Público Federal (MPF/PB) apontou a má qualidade do material utilizado na execução das obras da Transposição do Rio São Francisco, no trecho entre Monteiro, na Paraíba, e Sertânia, em Pernambuco. Conforme o laudo as falhas foram originadas pela maneira como as obras foram concebidas e/ou executadas (devido ao tipo de material utilizado ou nos cálculos da dilatação da obra, por exemplo) e não por fenômenos naturais.
No relatório, está expresso que, em alguns trechos do canal há falhas no revestimento de concreto, que apresentou trincas, fissuras e rachaduras. A inspetoria detectou a tentativa de reparação dessas falhas, através de um selante flexível, mas que não tiveram resultados positivos. A rachadura mais grave tinha 1,5cm de espessura.
Outro problema detectado pelo MPF foi o assoreamento do canal. A inspetoria detectou obstrução nas caneletas de drenagem, com rochas e pedregulhos.
Por último, o relatório apontou que os canais de drenagem das obras estão comprometidos. Vários trechos estão completamente danificados, impossibilitando a passagem de água para todo o sistema. Esses canais têm justamente a finalidade proteger a Transposição dos efeitos da chuva e erosão.
Redação