Para o presidente do Sindiágua-PB, José Reno de Sousa, a disposição, manifesta, dos prefeitos de João Pessoa e Campina Grande, respectivamente, Luciano Cartaxo (PSD) e Romero Rodrigues (PSDB), de municipalização dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, não passa de tentativa, disfarçada, de privatização.
Por esse raciocínio, ele diz que a entidade, à unanimidade de seus dirigentes, é radicalmente contra a essa proposta, que a consideram, segundo ele, como totalmente danosa aos interesses e necessidades da população paraibana. A intenção dos dois gestores, para Reno – como é mais conhecido -, é a de entregar o controle patrimonial da estatal, mais cedo ou mais tarde, a empresas do porte da Odebrecht Ambiental.
O processo de municipalização desses serviços, na Paraíba, ainda de acordo com o sindicalista, é uma experiência que não deu certo. E ele cita, por exemplo, a cidade de Sousa, município-pioneiro, nesse procedimento, onde a população vem sofrendo, até os dias atuais, ante a precarização desses serviços.
Trocando esses argumentos, em miúdos, o presidente do Sindiágua-PB enfatiza os prejuízos que a municipalização ocasiona à sociedade, como o fim da tarifa-social, genérica, em prol das camadas menos favorecidas, e do subsídio que se concede às pequenas cidades, onde o poder aquisitivo da população é bastante simples.
Redação