O município de Natuba começa a colheita da produção de uvas neste ano, que, apesar das restrições impostas pela pandemia, pode chegar a uma produtividade média de 30 toneladas na safra anual por hectare, em duas colheitas. São 140 produtores que trabalham com essa cultura no município, sendo responsável pelo aquecimento da economia e a geração de mão de obra de famílias agricultoras, cuja comercialização é feita nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Com o acompanhamento e orientação de técnicos do Governo do Estado, por meio da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, os produtores trabalham com a uva do tipo Isabel, mas já programam a introdução da variedade Vitória, sem semente, bastante apreciada nos grandes centros consumidores, que vai possibilitar novas oportunidades de negócios.
Em Natuba, a cadeia produtiva da uva tem acompanhamento dos técnicos da Empaer Edvaldo Andrade Pereira e Augusto Ferreira Gomes Neto, desde o plantio, tratos culturais, colheita e comercialização. Também acompanham os estudos para a implantação de uma agroindústria para a produção de vinho no município, garantindo mais oportunidades de aproveitamento da produção.
Os produtores Antônio José Vasconcelos de Barros, do Sítio Jatobá, e Valdemir Inácio da Silva, do Sítio Chã do Azevém, encontraram na produção de uvas um bom negócio, segundo confidenciaram aos técnicos. “As safras garantem uma produção de 30 toneladas por cada hectare, o que resulta na produção de 15 mil toneladas em cada safra cultivada, um resultado que quando foi iniciado não se imaginava obter e com dedicação conseguimos alcançar”, disse o técnico Edvaldo Andrade, um dos pioneiros que há mais de 20 anos acompanha o processo de cultivo de uvas na região.
O técnico Augusto Ferreira, da Empaer, ressaltou a importância das visitas técnicas aos agricultores e a maneira como estes seguem as orientações. “Nós damos orientação de cultivo, treinamento, elaboração e projeto econômico-financeiro junto a instituições financeiras, para investimentos no parreiral, a exemplo do sistema de irrigação usado na região, construção de barreiros, poços artesianos, entre outros, além de atuarmos na área social e familiar com orientação sobre programas governamentais relacionados à agricultura e extensão rural”, explicou.
O gerente regional da Empaer em Campina Grande, Ailton Santos destacou que o cultivo de uva se constitui uma das principais vocações econômica de Natuba, região que tem na fruticultura sua principal atividade. Lembrou que os técnicos estão sempre junto aos produtores, elaborando novos projetos e acompanhando sua implantação. “A assistência técnica da Empaer tem contribuído para o crescimento desta atividade, organizando a cadeia produtiva, estando junto aos produtores, não apenas de uva, mas de outras culturas”, comentou.
Redação