Nesta terça-feira, dia 23 de abril,os professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) irão paralisar suas atividades em uma demonstração de reivindicação por direitos não pagos. A paralisação visa pressionar o Governo do Estado a apresentar uma proposta para o pagamento do retroativo das progressões de carreira, que ficaram pendentes no período de 2018 a 2023.
A decisão de paralisar foi tomada em assembleia realizada de forma simultânea nos campi de Campina Grande, Monteiro, Araruna, João Pessoa e Guarabira, pela Associação Docentes da UEPB – ADUEPB. Durante a assembleia, houve exposição da diretoria sindical sobre o processo de negociação com a Procuradoria Geral do Estado e as tentativas de retomada do diálogo, que se encontram estagnadas desde novembro de 2023.
No dia da paralisação, está previsto um protesto em frente ao Escritório de Representação do Governo do Estado, localizado em Campina Grande, além de atos e mobilizações nos demais campi da UEPB. A expectativa é que essa manifestação seja um alerta para a necessidade de retomada do diálogo com o Governo Estadual.
Um dos pontos principais de reivindicação é o pagamento do retroativo das progressões de carreira, que deixou de ser realizado devido à lei estadual Nº 10.660/2016, que proibiu a progressão dos servidores do poder executivo. Isso acarretou em prejuízos financeiros significativos para os professores e técnicos administrativos, impedindo que avançassem em suas carreiras e recebessem os devidos aumentos salariais.
A estimativa oficial do valor do retroativo é de pelo menos R$ 75 milhões, e os profissionais da UEPB esperam que o pagamento seja realizado até o final da gestão do Governador João Azevedo.
Além das demandas relacionadas ao retroativo, outros pontos de pauta discutidos na assembleia foram a conjuntura e movimento docente, data-base 2024, paralisação e prestação de contas 21/23. Ficou decidido a criação de uma comissão de mobilização e a realização de ações para fortalecer o movimento.
Os técnicos administrativos também se juntam a esse movimento, reivindicando o pagamento dos retroativos das progressões funcionais não pagos. As negociações encontram-se estagnadas, e os servidores estão determinados a fazerem-se ouvir no dia 23 de abril, em frente ao escritório de representação do governo do Estado na Estação Velha.
Essa paralisação não é apenas uma manifestação por direitos não pagos, mas também uma demonstração de união e força dos profissionais da educação e administração pública da Paraíba, na luta por condições dignas de trabalho e reconhecimento de seus direitos adquiridos.
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PB Agora