Uma blitz educativa contra atropelamentos de animais silvestres será realizada nesta segunda-feira (24), dentro das atividades que integram o Abril Laranja, mês da prevenção contra a crueldade animal. A ação acontece em dois horários, às 7h30 e 15h30, na Avenida Hilton Souto Maior, altura do Centro Hípico da Paraíba, em Mangabeira. A iniciativa é realizada pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa, com apoio da 1ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).
Para contribuir na redução dos atropelamentos, técnicos da Semam e Semob instalaram placas na Avenida Hilton Souto Maior para chamar a atenção dos condutores para reduzir a velocidade em trechos onde vivem animais silvestres.
“Entendemos que é função da gestão pública contribuir para a conscientização das pessoas e só com acesso à informação, com ações de sensibilização, poderemos ter motoristas mais atentos sobre a importância de nossa fauna. E reduzir a velocidade é atitude simples que pode sim mudar essa triste realidade dos atropelamentos de animais”, afirmou o biólogo Claudio Almeida, chefe da Divisão de Fauna e Flora da Divisão de Estudos e Pesquisas da Semam.
A blitz conta ainda com a parceria do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras (MG), que produziu panfletos e materiais gráficos para serem entregues aos motoristas durante a atividade. Segundo dados do CBEE, todos os anos mais de 475 milhões de animais silvestres são atropelados no Brasil, aumentando o risco de extinção de espécies.
Sistema Urubu – Em 2014 foi lançado um aplicativo para mapear as áreas com maior concentração de atropelamentos, o Sistema Urubu. Este, que é uma rede social de conservação da biodiversidade, reúne mais de 50 mil pessoas e mais de 40 mil registros de animais atropelados.
O aplicativo pode ser baixado gratuitamente para Android e iOS no link https://sistemaurubu.com.br. Dessa forma, quem encontrar algum animal atropelados nas estradas pode fotografar, que o sistema vai georeferenciar e, assim, mapear os locais onde há maior ocorrência dos acidentes. Com os dados, os técnicos podem propor ações para diminuir os atropelamentos nessa área.