APÓS UM ANO: Ney Suassuna abre o jogo e faz revelações cruciais dos bastidores das eleições de 2010; DEM foi a pedra no meio do caminho
“Não sou homem de dois discursos, fomos traídos e preferimos rachar com RC”, esta frase foi proferida pelo presidente do PP estadual, Enivaldo Ribeiro, nas prévias das eleições de 2010 se referindo ao não apoio do então candidato a governador, Ricardo Coutinho (PSB) à candidatura de Ney Suassuna (PP) para o Senado.
Agora, um ano depois, o ex-senador Ney Suassuna revelou que o verdadeiro empecilho, na época, foi do Democratas e não de Ricardo Coutinho. O partido do ex-senador Efraim Morais foi a verdadeira pedra no meio do caminho. “O próprio Ricardo queria que eu fosse candidato a senador. Acontece que sou uma pessoa racional e não penso só em mim. Se eu fosse candidato, nós perderíamos o apoio do DEM e isso seria muito difícil por causa do tempo de televisão”, desabafou.
Ney contou que depois de tomada a decisão em não ser mais o candidato pelo PP ao Senado, em viagem de volta do Recife e acompanhado por três amigos do então PFL, o acusaram de tentativa de suborno para comprar o mandato de Efraim. “Eu disse, pois bem, tem meia hora para desmentir sob pena de eu dizer a verdade em público sobre esse assunto. E desmentiram, era um arnil. Fizeram isso só para dizer eu sou honesto e fulano é desonesto, quis comprar o meu mandato.”
Ney revelou também que o que o ajudou a desistir da candidatura em 2010 ao Senado, foi porque seu único interesse era ajudar o então candidato ao governo do Estado, Ricardo Coutinho (PSB) e explicou que tem esperanças que o socialista consiga colocar a Paraíba nos eixos e acabar de vez com a dicotomia política. “Essa dicotomia política acaba conosco e arrasa o Estado. A gente tem que acabar com esse negócio de dois lados”, frisou.
Sobre os veteranos da política paraibana, Ney foi irônico e alfinetou: “Graças a Deus, pelo menos um lado tá ficando velho, pelo menos mais velho do que eu. Daqui a pouco vai precisar ser mumificado para se candidatar, de outra forma não será. Não é possível a pessoa querer ser candidato eternamente. Temos que dar vez aos mais jovens, dividir os partidos e pensar no bem do estado”.
Modestamente, Ney Suassuna verbaliza que seu apoio a candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo do Estado fez a diferença. “Foi pensando no bem do Estado que eu apoie Ricardo, ganhamos o primeiro turno por mil e poucos votos. Eu pergunto será que não tenho mil e poucos amigos que me seguissem? Ganhamos o segundo por cento e poucos mil, aí foi uma avalanche porque todo mundo viu que era mentira o que se falava”, finalizou.
Ouça o áudio clicando audioum.mp3“>aqui.
Simone Duarte
PB Agora
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