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O que é ser conservador?

Primeiramente, o que não é ser conservador: 1) não é ser “conservantista”, aquele que conserva qualquer coisa, inclusive o que é ruim; 2) não é ser um moralista autoritário que quer impor uma ordem moral homogênea pela política; 3) não é ser um crente em projetos revolucionários ou populistas.

O princípio central da mentalidade conservadora é: um posicionamento teórico e prático moderado que conserva aquilo que é bom e reforma o que é ruim. Sem sacralizar o passado, os costumes e as institiuições históricas, o conservador deve agir com vistas a conservar e reformar gradualmente.

Um conservador rejeita projetos utópicos, racionalistas e abstratos que prometem, em nome de um “bem”, modelar artificialmente o homem e a sociedade. Preservando valores como tradição, ordem, liberdade, autoridade, comunidade, deve-se conservar o que é bom.

O conservador é um cético político porque, reconhecendo que o conhecimento humano é limitado, não acredita em “boas ideias” a serem impostas sobre a sociedade. Valorizando a prudência, o conservador deve rejeitar paixões políticas e projetos autoritários institucionais e jurídicos.

O conservadorismo não é cristianismo. Por vezes, conservadores erraram em querer preservar valores e instituições ruins, como a escravidão. Ainda assim, os princípios da tradição conservadora encontram importantes pontes de contato com valores cristãos de prudência, ceticismo político e sabedoria prática.

Anderson Paz


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