Na época de Jesus, Herodes Antipas era o governante da Galiléia (Lc 3:1). Ele foi repreendido publicamente por João Batista por ter se casado com a mulher de seu irmão e por ter feito “maldades” (Lc 3:19). Em resposta, Herodes mandou prender João Batista com violência (Mt 14:3).
Em seguida, atentendo o pedido da filha de sua mulher, Herodes deu ordens para findar a vida de João Batista, entregando sua cabeça em um prato (Mt 14:11).
Posteriormente, ao saber que Jesus e seus discípulos percorriam aldeias, pregavam uma nova mensagem e curavam enfermos, Herodes “ficou perplexo” (Lc 9:7).
Quando Jesus já estava amplamente famoso, os fariseus tentaram assustá-lo dizendo: “Herodes quer matar-te” (Lc 13:31). Sem medo, Jesus respondeu: “Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei” (v. 32).
“Raposa” tem o sentido de que Herodes era, ao mesmo tempo, astuto para matar, e covarde porque agia ardilosamente. Herodes maquinava o mal e calculava suas ações pensando na resposta do povo. Era um governante perverso e autoritário.
Jesus ainda compareceu diante de Herodes quando foi preso, mas não disse nada (Lc 23:9). Sua sentença estava dada: Herodes era uma “raposa” que seria responsabilizada por Deus a seu tempo.
Essa história ensina que Deus, a seu tempo, julgará cada um dos autocratas de suas respectivas sociedades. O autoritarismo ardiloso jamais ficará impune diante de Deus. A justiça divina nem tarda, nem falha!
Anderson Paz