A última sessão extraordinária do Conselho Pleno da Seccional paraibana da OAB, que aprovou a paridade de gênero no processo de formação de lista sêxtupla para vaga do Quinto Constitucional, foi marcada por um discurso da vice-presidente da instituição, a advogada Rafaella Brandão, que revelou os bastidores do que ela relatou serem tentativas de invisibilizá-la em seu papel na Ordem.
Em defesa da paridade de gênero, Rafaella Brandão revelou que tem sofrido assédio moral ao tentar exercer sua função de vice-presidente. Na tribuna, diante do Conselho Pleno da OAB-PB, ela relatou uma série de episódios ocorridos nos últimos meses.
“Defender a paridade é também ir contra a invisibilidade de outra colega. Sou a favor da paridade sim, sou fruto dela, não só de gênero mas racial também, e me orgulho muito disso porque minha história fala por si só. Paridade não é só discurso, paridade é um direito e quando a gente conquista esse espaço precisamos ser respeitada. A gente não pode falar em paridade e não observar o Regimento da OAB, por exemplo, no ponto em que determina que a vice-presidente substitui o presidente em suas faltas e impedimentos”, disse Rafaella Brandão.
Ela descreveu situações em que, apesar de sua posição, teria sido preterida e suas atribuições têm sido desempenhadas por outras advogadas designadas pelo presidente, apenas porque ocupam cargos em comissões.
“Não posso mais tapar o sol com a peneira onde vários episódios dentro dessa Casa, vários eventos não fui convidada, eu tive que pedir por um 1Doc a agenda institucional de março para cá porque eu vejo os eventos pelo Instagram, reuniões de Comissões nunca fui convidada, vejo pelo Instagram. Sou membro efetivo da Comissão Organizadora da Conferência Estadual da Advocacia por força do nosso Estatuto e fui ignorada pelo presidente. Isso só para registrar alguns exemplos de invisibilização. Precisamos ser exemplos. Para eu defender a paridade, eu tenho que olhar para o lado e saber se a minha colega também está sendo contemplada. Então deixo aqui minha mensagem: paridade é valorização, paridade é oportunidade, paridade é um abraço fraterno”, pontuou.
No mesmo evento, o presidente da OAB-PB, Harrison Targino negou que Rafaella esteja sendo excluída da gestão e atribuiu os fatos a uma “questão de cerimonial” que, segundo ele, foge ao seu controle.
As informações repercutiram no JuriNews.
PB Agora
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