A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta segunda-feira (18) o balanço da Operação Proclamação da República 2024, que trouxe números preocupantes sobre a violência no trânsito das rodovias federais que cortam a Paraíba. Durante os quatro dias de operação, encerrada na noite de domingo (17), foram registrados 28 acidentes, dos quais oito foram considerados graves, resultando em 30 feridos e quatro mortes.
Os acidentes fatais ocorreram nas cidades de Sousa, Marizópolis e João Pessoa, envolvendo colisões frontais e transversais que poderiam ter sido evitadas com maior atenção às normas de trânsito. Na BR-230, em Sousa, uma colisão frontal entre uma motocicleta e um automóvel deixou duas vítimas fatais. Em Marizópolis, na mesma rodovia, outra colisão transversal matou uma pessoa e deixou outra ferida. Já em João Pessoa, na BR-101, um homem de 68 anos perdeu a vida em um acidente envolvendo um ciclomotor e uma motocicleta.
Apesar do aumento expressivo na fiscalização, que incluiu 1.558 pessoas e 1.312 veículos inspecionados, além de 483 testes de alcoolemia realizados, a imprudência e a falta de atenção dos condutores se mantiveram como os principais fatores para as tragédias.
Reforço na fiscalização e combate ao crime
A PRF destacou que, em comparação com a Operação Corpus Christi 2024, houve crescimento de 8% no número de pessoas fiscalizadas, 5% no de veículos abordados e 16% no de veículos recolhidos por irregularidades. Além disso, quatro veículos com registro de roubo ou furto foram recuperados, um aumento de 33%. No campo da segurança pública, oito pessoas foram detidas por crimes diversos.
Prevenção e conscientização
O número de autuações por embriaguez ao volante apresentou redução de 73%, mas ainda há preocupação com o comportamento dos condutores. Durante o feriado, foram aplicadas 800 multas por diversas infrações de trânsito, refletindo uma postura de negligência por parte dos motoristas.
A PRF reforça que o cumprimento das leis de trânsito é essencial para evitar tragédias. “A intensificação da fiscalização mostra o compromisso em garantir segurança, mas só será possível reduzir significativamente os acidentes se houver uma mudança no comportamento dos condutores”, destacou o órgão.