Dayane Nascimento, irmã de agente morto em blitz da Lei Seca, era responsável por transportar “clientes” e repassar gabaritos
A jovem Dayane Nascimento, irmã do agente de trânsito, Diogo Nascimento, morto em uma blitz da Lei Seca, em João Pessoa, era uma das principais investigadas nessa segunda fase da Operação Gabarito, segundo informou o delegado da Polícia Civil, Lucas Sá.
De acordo com as investigações, a jovem, que também é concursada graças à fraude, era responsável por transportar os “clientes” até o local da prova e também por repassar os gabaritos através de micro pontos eletrônicos.
A jovem era casada com Vicente Borges, apontado como um dos mentores da quadrilha e, desde então, atuava ativamente no esquema.
“Essas pessoas detidas nessa segunda fase da operação têm atuação comprovada na organização criminosa, seja no sentido de angariar candidatos, seja no sentido de repassar os gabaritos. A organização só aceita candidatos indicados e não qualquer pessoa, até por temer qualquer tipo de investigação. Eles transportavam os candidatos até o local de provas. Dayane por exemplo é uma das pessoas que ajudava a repassar os gabaritos nos locais de prova e também a transportar os clientes”, disse o delegado.
Os suspeitos se inscreviam nos concursos e a partir dessa inscrição agiam. Em alguns concursos eles eram aprovados, mas não chegavam a assumir os cargos, utilizando a aprovação apenas como cartão de visitas para atrair clientes e facilitar futuras negociações.
Agente morto na Lei Seca não é suspeito
Conforme o delegado, o irmão de Dayane, o agente Diogo Nascimento, até agora não foi apontado como suspeito de participar ou de se beneficiar do esquema. As investigações giram em torno apenas de Dayane Nascimento, que participava ativamente do esquema.
“Até o momento não temos essa informação envolvendo o agente Diogo. Temos outros suspeitos, como o Marcos Pimentel, que é PRF, de que parentes deles teriam entrado no serviço público de maneira fraudulenta. É claro que todos os suspeitos serão investigados. Teremos novas fases, com cada concurso isoladamente investigado. O importante é que todos os beneficiados a gente tem como chegar até todos eles e com certeza chegaremos a mais pessoas”, arrematou.
PB Agora