A Operação Mata Atlântica em Pé, deflagrada na última segunda-feira (20) e encerrada nessa quarta-feira (22), identificou uma área de 7,29 hectares de desmatamento nos municípios de João Pessoa, Alagoa Nova, Massaranduba e Areia. A ação foi fruto de um trabalho conjunto da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Seirhma), Ministério Público da Paraíba (MPPB), Batalhão da Polícia Ambiental e Ibama.
A operação ocorreu também em outros 16 estados brasileiros e, na Paraíba, foram fiscalizados seis pontos predeterminados, identificados por meio da plataforma MapBiomas, distribuídos nos quatro municípios paraibanos. Em todos os pontos vistoriados houve a constatação de supressão de vegetação nativa.
Para Fabiana Lobo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias do Meio Ambiente do Ministério Público da Paraíba, a operação foi bem sucedida em seu propósito. “O objetivo da operação era esse, identificar o dano e, a partir daí, responsabilizar administrativa, civil e penalmente os responsáveis pelo desmatamento da Mata Atlântica de forma irregular”, explicou.
Durante a operação foram apreendidos um galão de 20 litros de veneno e cinco pulverizadores, que eram utilizados para impedir a regeneração da vegetação remanescente. Também foram emitidos cinco autos de infração, nos termos dos artigos 51 e 64 do Decreto Federal n. 6.514/08, e uma notificação para apresentação e comprovação de licença.
O superintendente da Sudema, Marcelo Cavalcanti, lamentou a existência dos pontos de desmatamento irregular no estado. “Infelizmente, registramos esses pontos de desmatamento, o que é lamentável. Estaremos sempre atentos, junto com o Ministério Público e os demais órgãos de fiscalização e controle, para evitar cada vez mais esse tipo de ação”, disse.
A ação foi finalizada nessa quarta-feira (22) em João Pessoa, onde foi constatado um total de 2,5 hectares de área desmatada. Desde 2018, a operação é deflagrada sempre no mês de setembro a partir de uma força-tarefa nacional no combate ao desmatamento e a crimes ambientais.
Da Redação com Assessoria