O Governo da Paraíba dá mais um passo extremamente importante na direção de fazer do Estado autossustentável em energia limpa. As grandes potências mundiais desviam as atenções do petróleo e investem pesado na energia eólica, que significa o futuro.
O Brasil tem cochilado nos investimentos neste setor, embora sejamos o País com o maior potencial do planeta nesta área, com a disponibilidade de ventos em abundância. Lembremos que a então presidente Dilma Rousseff foi ridicularizada quando teria se referido a “armazenar vento”, ao manifestar a sua preocupação com que o Brasil não perdesse de vista este campo promissor.
O governador João Azevêdo parece estar bem atento às potencialidades da Paraíba nesse campo.
De acordo com reportagem do PBAgora, na última terça-feira (27), Azevêdo assinou “um protocolo de intenções com a empresa internacional EDF Renewables, para a instalação de parque eólico nos municípios de Junco do Seridó e Santa Luzia.”
Um investimento ousado, segundo a reportagem deste portal: “O empreendimento irá assegurar um investimento aproximado de R$1 bilhão e a geração de mais de 600 empregos diretos e indiretos, priorizando a contratação de mão de obra local, durante o período de construção, previsto para começar em julho deste ano.”
A propósito do protocolo assinado, o governador do Estado comentou: “A Paraíba tem uma grande capacidade para geração de energia eólica e trabalhamos fortemente para atrair empresas, garantindo a geração de emprego e renda, o desenvolvimento de regiões, impulsionando economias locais e o fortalecimento e crescimento do nosso estado”.
O que é
Por energia limpa entenda-se aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia que liberam quantidades muito baixas destes gases ou resíduos também são consideradas fontes de energia limpa.
Dados datados de 2017, mas considerados bem atualizados, indicam que cerca de 24% da energia gerada e consumida no mundo são provenientes de fontes limpas.
A região Nordeste do Brasil é destaque no setor eólico, o Nordeste é o estado em destaque. Produz 89% da produção de energia eólica do Brasil, de acordo com o Boletim Anual da ABEEólica de 2019. A geração média diária deste tipo de energia limpa é de 8.650 MW.
Um ponto que favorece a energia eólica no Nordeste são os ventos fortes chamados de “safra dos ventos” que acontecem geralmente no segundo semestre de cada ano, entre agosto e setembro.
O Estado da Paraíba, ao que tudo indica, não havia despertado ainda para a importância de investir neste tipo de energia, mas parece haver acordado para a sua importância, mediante a assinatura desse protocolo. Pela ordem, os Estados nordestinos que mais produzem são: Rio Grande do Norte com 4.066 MW; Bahia com 3.951 MW; Ceará com 2.045 MW; Rio Grande do Sul com 1.832 MW; Piauí com 1.638 MW.
A empresa
A EDF Renewables é uma empresa internacional líder em energias renováveis, com capacidade instalada bruta de 13,8 GW em todo o mundo. Seu desenvolvimento é focado principalmente em energia eólica e solar fotovoltaica. A empresa opera principalmente na Europa e na América do Norte, mas continua crescendo ao se mudar para regiões promissoras, como Brasil, China, Índia, África do Sul e Oriente Médio. A empresa tem posições fortes em energia eólica offshore, mas também em outras áreas da indústria de energias renováveis, como energia distribuída e armazenamento de energia. A EDF Renewables desenvolve, constrói, opera e mantém projetos de energias renováveis, tanto para si como para terceiros. A maioria de suas subsidiárias internacionais tem a marca EDF Renewables. Ela é a subsidiária do Grupo EDF especializada no desenvolvimento de energia solar e eólica. No Brasil desde 2015, a EDF Renewables Brasil encontra-se entre as líderes do país no setor de energia renovável totalizando 1,3 GW em projetos, instalados e em construção, de energia eólica e solar na Bahia, em Minas Gerais e na Paraíba.