A visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a Paraíba foi salutar para o estado como um todo. Ele atendeu as reivindicações do governador João Azevêdo (Cidadania) em implantar novos leitos de UTI destinados a pacientes que contraíram a Covid-19 e que merecem um tratamento hospitalar mais intensivo. Com isso, boas notícias, em um período cuja pandemia causada pelo coronavírus está em linha ascendente nas diversas regiões do país, merecem, sim, festejos.
Queiroga, que é paraibano e médico cardiologista, esteve com o chefe do poder Executivo paraibano e comitiva, na tarde de sexta-feira (16), no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, município situado na região metropolitana de João Pessoa. De pronto, o ministro garantiu a habilitação de 300 leitos, o que dá à Paraíba um suspiro extra para minorar os efeitos, muitas vezes mortais, causados pela Covid-19.
Esse aceno de Queiroga tem seu viés político, pois o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) passa por seu pior momento em relação à aceitação popular, estando acuado em várias direções, residindo a mais grave na CPI da Covid.
Hábil, Queiroga, mesmo com uma boa dose de submissão ao inquilino do Palácio do Planalto, o que em nada é novidade, dada a postura radical e centralizadora de Bolsonaro, conseguiu fazer, em poucos dias após assumir a pasta, o que seu antecessor, general Pazuello, não fez em dez meses. O militar apenas cumpriu ordens e foi fiel ao negacionismo do Palácio do Planalto.
E na estada de Queiroga a sua terra natal outro pleito pode ser atendido. E aí falo sobre a solicitação do deputado estadual Wilson Filho (PTB), que reivindicou ao chefe da pasta da Saúde nacional a construção de um Hospital do Câncer no Sertão paraibano.
Queiroga, diplomático, recebeu o ofício do parlamentar, prometendo um estudo técnico para decidir qual a cidade que irá receber o implemento. Por fim, com a aproximação das eleições presidenciais em 2022, havendo a real possibilidade de Bolsonaro enfrentar nas urnas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), somado a outros nomes e siglas da esquerda, centro, centro-esquerda e centro-direita, a cloroquina e o empirismo passam a ser descartados e a ciência, a fórceps, começa a entrar na agenda do Governo Federal, em especial no Ministério da Saúde.
Eliabe Castor
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