A política não é para amadores. Nesse meio há estrategistas, que fazem das articulações um verdadeiro tabuleiro de xadrez, cujas peças são mexidas sem afobação, com perspicácia, na busca pelo xeque-mate perfeito.
Já diz a filosofia da vida que, às vezes, é necessário dar dois passos para trás e pegar o impulso para ir muito mais longe. O Avante na Paraíba, ao que parece, adota essa estratégia. Apesar de ser uma das bancadas mais fortes na Assembleia Legislativa da Paraíba e também na Câmara Municipal de João Pessoa, decidiu mostrar desprendimento e abdicar da possibilidade de indicar um vice na chapa majoritária encabeçada pelo ex-senador Cícero Lucena (PP) na Capital.
O gesto, no entanto, não se trata de mera boa votante, ou caridade, mas de costuras políticas que vislumbram algo maior – as eleições de 2022.
Será no próximo pleito que a fatura será cobrada!
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, que é o presidente de honra do partido Avante, na Paraíba, já deu vários sinais de que não dá ponto sem nó. E nem deveria.
Sabe o meio em que convive e, como uma águia, consegue observar seu adversário e até mesmo se antecipar ao bote.
O parlamentar, em entrevistas, evita falar abertamente sobre o pleito vindouro, mas sempre deixa escapar sinais. Na mais recente, ao ser indagado sobre as eleições de 2022, ele apenas disse que ainda não sonhou com ela, mas que costuma sonhar e sempre que sonhou com algo conseguiu realizar, tanto é que carrega na bagagem vasta experiência pública e um abrangente conhecimento acadêmico.
“Foi acreditando nos conselhos da minha mãe eu sempre sonhei e consegui fazer dos meus sonhos realidade. Eu ainda não sonhei definitivamente com o que vai acontecer em 2022. Todavia, sonhei em ser vereador e fui, sonhei em ser prefeito e fui, em ser funcionário do Banco do Brasil, em ser engenheiro, em ser advogado, deputado estadual, sonhei em ser presidente da Assembleia, também fui, e estou sonhando e vou continuar sonhando e onde quer que eu esteja vou estar sempre lembrando das minhas origens e vou estar sempre contribuindo para um mundo melhor e mais justo para todos”, alertou o presidente.
Destarte, sem conformismos. Ninguém deve subestimar os sonhos de Galdino de ir mais Avante.
Por falar em desprendimento, o Cidadania ainda não definiu quem será seu vice na chapa majoritária na disputa pela Prefeitura de João Pessoa. O vereador Bruno Farias, presidente da sigla na Capital, que é cotado para vaga, já avisou que não será obstáculo para composição da chapa com Cícero caso o partido decida por outro filiado.
Nada é tão ruim que não possa piorar. A interdição do Trauminha, hospital gerido pela gestão municipal em João Pessoa, foi um prato cheio para os adversários, que neste momento de pandemia e crise na saúde só piorou a imagem da administração Cartaxo. Mesmo neste domingo a justiça tendo determinado a ‘desinterdição’ da unidade, o CRM emitiu nota e deixou claro que vai esclarecer naos órgãos competentes os graves problemas que culminaram na decisão.
Julian Lemos custa a acreditar que o presidente Bolsonaro pediu sua ‘cabeça’ como condição para voltar a integrar o PSL. Aponta o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, como sendo autor dessa ‘fake news’ publicada pela imprensa nacional.
Até agora, no entanto, Bolsonaro segue ao lado dos filhos e sem dar nenhuma declaração ao paraibano que estendeu a mão a ele, quando ele era apenas um pré-candidato. Bolsaro é ingrato? Ou há algo que ninguém sabe no meio de toda essa rusga entre os dois grandes amigos.
Apesar da negativa de Bolsonaro ao afirmar que não irá interferir nas campanhas municipais nas eleições deste ano, em João Pessoa os pré-candidatos Walber Virgolino, do Patriotas, e Eduardo Carneiro, do PRTB, ainda nutrem a expectativa de ter um aceno público do presidente na ‘hora da onça beber água’.
Apesar da pandemia, o comércio em Campina Grande volta a respirar, mas seus colaboradores parece que não. Ao ir ao centro nesse fim de semana para realizar algumas compras, me deparei com funcionários mal humorados, estressados, com aspecto até mesmo de irritados com a presença de clientes que estavam ali para gastar dinheiro. Não sei se era por conta do receio de ser contaminado pela Covid-19, se pela obrigatoriedade do uso constante da máscara, se era pelo fato de serem ou estarem sendo mal remunerados, ou se perderam a simpatia, essencial para quem vive desse meio. Se o problema foi essa última, lamento dizer aos lojistas, mas o seu CNPJ caminha para o caixão, já os CPFs buscarão oferta em nova freguesia.
O poder emana do povo, em todos os sentidos. E no comércio, é o cliente a alma dos negócios.
Márcia Dias
PB Agora
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