A Paraíba é uma terra “sui generis”, expressão em latim que significa “de seu próprio gênero” ou “de espécie única”. Esse é o meu e o seu “Sublime Torrão”. Um recanto bonito do Brasil que sorri à terra amada, como na música e melodia bem firmadas, ditas e reditas pelo mestre Genival Macêdo, autor do hino popular do Estado.
E aqui vamos nós, nesse mundo fantástico chamado Paraíba, no qual alianças político-partidárias são desfeitas e amizades seculares enforcadas pela vaidade parida do egocentrismo.
E não adianta buscar eufemismo para a situação política que está enfrentando o Estado, em duelo de titãs, cujos generais nada menos são que o ex-governador Ricardo Coutinho e o atual chefe do Executivo paraibano, João Azevêdo, ambos filiados ao PSB.
Amarrados a um cordão umbilical entre a cruz e a espada, os paraibanos começam a refletir de forma efetiva a postura dos seus representantes no cenário político municipal, estadual e nacional. É fato: as “perturbações” atuais afetam ações administrativas em benefício do povo.
Ao colocar anseios sociais e eleitorais na pauta do dia, apenas experientes políticos entendem, por completo, as dificuldades de uma eleição vindoura, cuja polarização agressiva de ideologias já é certa.
E nesse embate anunciado, fica visível um cenário político complexo aqui e alhures. Um folhetim belicoso, no qual vultosos nomes da política paraibana ressurgem. Um deles é o ex-senador e ex-prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PSDB).
O tucano havia dito em dias passados não mais participar de disputas eleitorais. Acontece que, havendo no mar um belo cardume eleitoral a nadar no litoral pessoense, não há como um experiente capitão pesqueiro ficar em terra firme.
E é isso que vem impulsionando Cícero Lucena para retornar aos palcos políticos. Marinheiro acostumado com mar aberto e de grandes ondas, ele começou a pedir passagem no convés em direção ao timão.
Resultado: chegou até o controle do leme sem grande esforço, a fim de singrar novamente os mares turvos de um possível processo eleitoral.
E chegou com sabedoria e força, não há dúvidas. Cícero Lucena já deu indicativos sérios que sustenta a hipótese em disputar o pleito eleitoral de 2020, tendo como suposto escudeiro o prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PV). Seria a chance de sobrevida política do Verde e seu grupo.
Por enquanto o “caboclinho” está na posição de observador. É “noiva” muito cortejada pela oposição e temida pelos adversários que estão dentro e fora do poder.
Agora resta aos “pajens” interessados pela “dama” esperarem, afinal o baile perfumado só começou. Cícero Lucena sabe disso, e sorri.
Eliabe Castor
PB Agora