O Brasil é um país que está de “graça”. Atolado nas desgraças, apelando para as graças de Deus. Tem ele um presidente da República que faz graça do povo, o povo que tem responsabilidade com a vida. Não aquele negacionista, que não tem graça alguma.
Um país que Juliette, do BBB 21, tem quase a mesma projeção midiática que os horrores causados pela Covid-19. Por sinal, o inquilino do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (sem partido), colocou a máscara do cinismo, engoliu uma boa dose de cloroquina para, em seguida, opinar contra a “sister” paraibana no Twitte, enquanto o número de mortos em decorrência do coronavírus bate recordes diários no Brasil.
O Brasil é símbolo da retração econômica, e não só isso, é aquele no qual o número de óbitos causados pelo o avanço do coronavírus começa a superar o percentual de mortes naturais.
A Pátria, que agoniza fora do seu “berço esplêndido”, e começa a produzir um fenômeno alarmante, pois em algumas regiões o número de mortes ultrapassa a quantidade de nascimentos, espanta o mundo enquanto seu presidente dá “tuitadas” para um reality show.
O Brasil hoje é isso. Um sério incômodo para a Terra. Uma catástrofe sanitária. O país do ex-ministro da Saúde, general Pazzuelo, e sua célebre submissão a Bolsonaro quando, em transmissão ao vivo, afirmou: “É simples assim: ‘um manda e o outro obedece’”.
Tal fato aconteceu há 5 meses. Na época, o presidente desautorizou o ex-ministro, ao mandar cancelar o protocolo de intenções para a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, anunciado no dia anterior por Pazuello em uma reunião com governadores. Agora falta vacina para os brasileiros.
Queiroga será o novo Pazzuelo?
E só para fechar, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já mostrou certa fragilidade na pasta. Algo muito parecido com o que afirmou seu antecessor, general Pazzuelo.
O médico, natural da Paraíba, foi questionado em entrevista publicada pela Folha de São Paulo neste domingo (11), sobre a postura de Bolsonaro, que vai na contramão em relação aos pontos que ele defende, como o uso de máscara e isolamento social.
Acuado com a pergunta, disse Queiroga não haver pontos de atritos com o presidente, cabendo a ele, enquanto chefe da pasta, convencer o negacionista mor a concordar com os protocolos sanitários recomendados pelo Ministério da Saúde.
Disse o ministro, para o horror quase geral da Nação: “Se não conseguir, a falha é minha, e não do presidente”. Em resumo, não convencendo Bolsonaro a aceitar os protocolos mínimos para conter ou minimizar o avanço do coronavírus, Marcelo Queiroga segue a mesma linha de Pazzuelo do “manda quem pode e o outro obedece”.
Presumo que Julliete ficaria envergonhada com a frase do seu –nosso- conterrâneo. E no final, é o povo brasileiro que está no “paredão” do abandono.