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Opinião: derrotados viram as costas para disputa em JP; apenas três devem anunciar apoio no 2º turno

Cícero, Edilma e João Almeida

Dos 12 candidatos que disputaram e perderam a vaga no segundo turno na disputa pela prefeitura de João Pessoa, apenas três sinalizam que devem se posicionar no 2º turno do pleito e apoiar um dos dois postulantes que concorrem ao cargo de prefeito na capital. O segundo turno ocorrerá no próximo dia 29 de novembro e terá a disputa entre Cícero e o radialista Nilvan Ferreira (MDB).

Até agora, quem já se posicionou oficialmente foi o vereador João Almeida (SD), que ficou na 8ª colocação. Ele anunciou, na tarde desta terça-feira (17) que marchará ao lado de Cícero (PP). A candidata do PV, Edilma Freire também tem acenado que deve marchar ao lado do ex-senador.

Já o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB), que foi o terceiro mais votado, com quase 60 mil votos, sinalizou que deve marchar com Nilvan Ferreira (MDB).

Nilvan e Ruy

Enquanto isso, os outros nove, que não lograram êxito, têm sinalizado que farão igual Pôncio Pilatos e vão lavar as mãos. Mas, neste caso, nem todos vão deixar que o povo decida. Alguns deles, a exemplo da candidata Rama Dantas (PSTU), anunciou que irá orientar sua militância a anular o voto.

Se o cenário prevalecer, o resultado final pode acabar sendo fruto do voto de uma minoria. Isso porque, para boa parte desses derrotados melhor é manter a neutralidade nessa etapa do pleito. Os candidatos Wallber Virgolino (Patriotas) e Raoni Mendes (DEM) já informaram que não apoiarão nenhum dos postulantes que chegaram ao segundo turno e que suas militâncias estão liberadas para escolher entre os dois, ou até mesmo anular ou se abster de votar. Já o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) anunciou que não irá se posicionar.

Para quem defende a democracia e gostaria de estar no segundo turno, ignorar o cenário e não se posicionar faz de cada político apenas mais um em busca de poder e não do bem da maioria.

Renegam que o direito de votar foi conquistado com muito esforço por nossos antepassados, que sobreviveram a explorações, monarquias, guerras e ditaduras.

Em toda eleição, ao escolhermos nossos representantes, também estamos exercendo a cidadania. Ao nos preocuparmos com quem está nos representando e defendendo pautas relevantes à sociedade, mostramos que queremos um país de melhores condições e que também estamos fazendo nossa parte.

Quando você deixa de votar, automaticamente deixa de contribuir para a democracia do país. O voto, apesar de parecer uma ação simples, possui grandes consequências.

Se os derrotados querem ver como vencedor o voto nulo, o melhor é direcionar seus esforços para a eleição de um candidato que os represente à altura de suas aspirações e acompanhem a atuação desse eleito, participando ativamente na cobrança da correção de seus atos.

Afinal, assim como há candidatos que não merecem nosso voto, há também aqueles que, como nós, querem ver o país crescer e prosperar.

Não erre, não vote nulo, não vale a pena.

 

Márcia Dias

PB Agora

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