É muito pouco provável que o governador João Azevêdo esteja envolvido nas supostas irregularidades em contratos firmados pela sua gestão durante a crise do novo coronavírus. Ele e mais sete governadores estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República que recebeu denúncias a respeito.
Pouco provável, tanto pelo histórico de João Azevêdo, como também pelo fato de a sua gestão recentemente ter sido alvo do Gaeco e da Operação Calvário, quando alguns dos seus auxiliares diretos foram exonerados por suposto envolvimento em falcatruas que ainda são investigadas.
Será mesmo que depois da Operação Calvário, o governador João Azevêdo se envolveria pessoalmente, ou faria vistas grossas para possíveis irregularidades na sua administração, estando passível de novo desgaste público?
João Azevêdo, portanto, pode não ter envolvimento algum, mas terá de também mandar apurar o que poderia estaria acontecendo e punir exemplarmente os responsáveis. Se assim não o fizer, sabedor de tais acusações sendo investigadas pela PGR, pode ser considerado cúmplice das irregularidades, caso elas sejam confirmadas.
Não é prudente se descartar por completo a possibilidade de ilicitude nos mencionados contratos. Afinal de contas, a corrupção é um vírus que contamina o serviço público aqui e em qualquer lugar; um mal para o qual nunca foi encontrado remédio capaz de curar.
A corrupção no serviço público se dá em vários níveis e nem sempre a autoridade maior, no caso o governador, sequer toma conhecimento, a não ser quando denúncias como estas de agora são feitas e investigadas pelos órgãos competentes.
Sobre as investigações recentes há um fato no mínimo curioso: os governadores na mira das investigações são adversários de sua excelência o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, ainda chamado de mito por meia dúzia de fanáticos.
Quanto ao enfrentamento do coronavirus, o governador João Azevêdo tem agido de forma correta, pensando mais na vida humana do que nas cifras. Estas, se recuperam, a vida perdida, não.
Imaginemos a situação de caos que a Paraíba hoje estaria vivendo, se não fossem as providências adotadas pelo Governo do Estado. Com toda a certeza, os números inerentes a infectados, internados e mortos seriam bem maiores
Wellington Farias
PB Agora
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