Na ponta do lápis, um deputado federal custa R$ 278 mil por mês. A informação foi coletada pelo jornalista Lúcio Vaz, que escreve na Gazeta do Povo, cujo seu blog é destinado a fiscalizar o gasto público.
Agora vou explicar o motivo desses dados que introduzem este artigo. Buscar entender o real motivo do deputado federal Julian Lemos (PSL) enviar à Câmara solicitação de reembolso alimentício cujo valor foi de R$ 12,15.
Nem os centavos Lemos foi capaz de “dispensar”. É bom ressaltar que o nobre parlamentar, que se diz paladino da verdade, defensor da ética e moralidade, cobrou um direito que lhe assiste. Um direito “torto”, é bom frisar.
O direito invocado pelo Liberal é o de ser ressarcido em gastos com comida. Embora seja absurdo, o expediente é legal. E Lemos fez valer a lei. Sem o menor pudor exigiu a devolução do gasto que teve ao consumir uma Coca-Cola, cujo valor foi de R$ 3,43, além de um “Torcidinho de Frango”. Custo? R$ 8,72. Mas aí eu indago: é ético e moral solicitar a devolução de um valor diminuto em um país de esfomeados?
Para quem ainda não sabe, o rendimento base de um deputado federal é de R$ 33.763. E ao ser colocado na equação o chamado “Cotão”, estando nessa privada da imoralidade o “auxílio-mudança”, combustível, segurança, aluguel de carros, verba para divulgar atos parlamentares e segue lista extensa, um representante, que deveria ser do povo, custa ao contribuinte R$ 2,14 milhões por ano.
Faminto esse parlamentar de Campina Grande, talvez ainda mais que sua conterrânea, a senadora Daniella Ribeiro, que solicitou o reembolso de sorvete cujo valor foi de R$ 17 e um cafezinho de R$ 5. Pior: mostrando ter verdadeiro compromisso com ela mesma, cobrou de nós, contribuintes, R$ 420 em almoço para contentar um colunista social.
Mas a moça, observando a repercussão negativa do fato, e sofrendo uma espontânea e livre pressão da sociedade, recuou, pediu desculpas e informou que cancelaria o pedido de devolução.
Já Julian Lemos, o “faminto” e “paladino” da moralidade, desdenhou dos paraibanos, afirmando o seguinte: “Foi eu que lanchei, isso não tem problema na Câmara dos Deputados, é normal”.
É verdade. Julian Lemos tem razão. Na Câmara dos Deputados existem muitos artifícios “normais”, especialmente quando matérias importantes são votadas e a liberação de emendas para os “queridinhos” do Executivo aumentam de forma “paranormal”. Sem falar na troca de votos por importantes cargos públicos.
Em tempo, esclareço que nasci em Campina Grande, e se há fome na minha pessoa, ela vem da fome por Justiça, igualdade e um país mais justo, no qual parlamentares deveriam estar preocupados com o povo, não em solicitar reembolso mesquinho de contas de botecos ou restaurantes de luxo.
Eliabe Castor
PB Agora
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