A Paraíba, que sempre foi “berço” de combatividade ao longo da sua história longeva, resistiu a grandes “ataques” desde quando era uma mera capitania hereditária anexada, pelo sim, ou pelo não, a Pernambuco. Grandes homens e mulheres lutaram a seu favor; outros não.
E feitos incríveis moldaram a própria história do Brasil. Pequenina, a Paraíba transformou, em alguns casos, os rumos do país. E mais um capítulo está a acontecer que, infelizmente, em nada coloca o estado em estado de graça, pois um “tal de Queiroga” faz graça de uma pandemia que já sepultou meio milhão de brasileiros.
Vassalo de Jair Bolsonaro (sem partido), que hoje governa a nação, é ele um subproduto do seu antecessor no Ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello, que tinha, ao menos, a desculpa da hierarquia militar e cumpria, como um cão de guarda, as asneiras do seu comandante em chefe das Forças Armadas.
Desmoralizado por seu “patrão”, jogou Queiroga 30 anos ou mais de pura retidão profissional enquanto cardiologista em uma latrina de cheiro ocre implantado pelo ex-capitão do Exército. Aquele que saiu pela porta dos fundos da instituição militar por indisciplina.
O “tal de Queiroga” está na linha de Pazuello comandado – “É simples assim: um manda e o outro obedece”. Mas como falei, o general utilizava a desculpa baseada na hierarquia.
O cardiologista paraibano – civil – segue sem pudor o que Bolsonaro quer, colocando um viés, em seus discursos, um toque, apenas um, na ciência; chegando ao ponto de buscar informações se a máscara impede, ou não, o contágio da Covid-19.
Na prática, a futura medida (falo do uso obrigatório de máscara) que ignora o risco de reinfecção, será um duro golpe na política implantada por Queiroga para tentar conscientizar a população da importância do uso da proteção contra a propagação do vírus.
Por fim, desconheço os bons serviços prestados pelo “tal de Queiroga” ao povo brasileiro como ministro da Saúde, envergonhando a Paraíba em todos os sentidos.
Como diria Josias de Sousa, jornalista e articulista político de primeira linha, o “tal de Queiroga se diz defensor da ciência. Mas não se constrange de fazer pose de médico ingênuo sendo usado, vendo o que resta de sua reputação explorada por um espertalhão negacionista. O presidente não tem comprovação científica, mas o ‘tal de Queiroga’ leva a cara à TV para dar verniz técnico à mortandade”.
O viés político e o bobo da corte
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou hoje (sexta-feira 11) o anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro de que o uso de máscara deixará de ser obrigatório para pessoas que já foram vacinadas ou já contraíram a doença.
Para o ministro, é preciso que a vacinação avance para que o plano seja colocado em prática. Algo sem paladar que faz parecer o médico paraibano ser o novo bobo da corte bolsonarista. O que é lastimável!