Conhecido por suas vitórias e sempre orgulhoso pelos seus feitos políticos, o líder girassol Ricardo Coutinho, iniciando-se em 1993 como vereador na cidade de João Pessoa e desde então deputado estadual entre 1999 a 2004, prefeito por duas vezes elegendo-se em 2004, consagrou-se como grande líder político do estado ao vencer, após renunciar seu mandato de prefeito, para governar o Estado da Paraíba, sendo reeleito em 2014 em um pleito contestado ultimamente por um processo julgado e que resultou em sua condenação, levando-o à inelegibilidade até o ano de 2022 (8 anos a contar de 2014).
Após brigas nos tribunais e derrotas, os planos futuros acabaram por se transformar em caminhos difíceis quando os processos da calvário tornaram-se uma realidade que bombardeou com muitos quilotons a base dos girassóis no Estado, prejudicando a popularidade e a confiança ao grupo vitorioso por muitos anos.
Em uma campanha “virtual”, Ricardo andou pelos bairros, fez lives em redes sociais e conseguiu, em outro embate, tomar o apoio do diretório do Partido dos Trabalhadores Nacional, fazendo com que os grandes caciques do partido simplesmente ignorassem a candidatura local do PT liderada por Anísio Maia (Vale salientar que até Lula ignorou a campanha de Anísio).
Sem se preocupar com a opinião popular, com algumas manifestações contrárias à sua candidatura e até mesmo com os processos sofridos e escancarados, Ricardo tentou se reerguer, mas acabou amargando apenas a sexta posição na votação, com menos da metade dos votos do primeiro colocado Cícero Lucena, o candidato apoiado pelo seu último candidato vitorioso e agora algoz João Azevedo.
E assim, a história de vitórias se transforma no início do fim de uma era. Todos os outros candidatos que não lograram vitória se posicionaram, agradeceram os votos conquistados e desejaram sucesso aos dois escolhidos no primeiro turno. Enquanto isso, Ricardo silencia, sem agradecimento, no alto do seu orgulho, a decepção de não ser mais a liderança que sempre bradou pelos quatro cantos da Paraíba.
Por Humberto Júnior
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