O SOS Transposição não teve a multidão que os organizadores desejavam, mas muito menos, ainda, foi o fiasco “festejado” pelos que se opõem ao projeto político do ex-governador Ricardo Coutinho. O evento foi relativamente grandioso, sim. Considerando o boicote sistemático das oposições, de uma parte da imprensa e, até, de uma boa fatia do bolo girassol, o público ali presente foi de fato numeroso e expressivo.
O evento, sem dúvida, foi muito importante. Especialmente para alertar o Nordeste e o Brasil sobre o descaso do Governo Jair Bolsonaro para com o projeto da transposição do Rio São Francisco; também serviu para que uma leva de desinformados e outra de pessoas acomodadas na sua zona de conforto, dando PQP para a grande maioria do povo e das regiões massacradas pelas estiagens, passassem a saber de que uma das mais imponente e importante obras hídricas construídas no planeta, está se deteriorando graças a um governo que parece ter adotado como política pública massacrar o Nordeste.
A propósito, em menos de dois meses de gestão do tal “Mito”, fecharam as comportas da transposição e, naturalmente, sem o percurso da água, o canal resseca e se desmancha.
Que o evento tem conotação política é evidente. E é pra ter mesmo. Até porque governos, sobretudo aqueles que muito prometem e nada fazem só dão alguns passos adiante sob muita pressão política.
Miopia
Do meio para o fim do SOS Transposição, mais sobretudo depois do evento, travou-se uma guerra nas mídias sociais com foco no aspecto mais irrelevante do acontecimeno. Os insatisfeitos distribuíram fotos e vídeos produzidos – notoriamente em horários que antecediam a concentração, como também, depois do evento – em momentos em que naturalmente não tem grande público. Esta ação, no entanto, foi completamente desmoralizada por vídeos e fotos produzidos no ápice da coisa, em que autoridades discursaram para um grande público.
O mais curioso disso tudo é que pouco ou quase nada foi registrado do conteúdo dos discursos ali proferidos, as propostas apresentadas e os planos futuros para fazer com que o Governo Federal retome as obras da transposição o quanto antes. Porque, caso contrário, o Nordeste e a Paraíba irão padecer da eterna agonia por falta de água.
Nos meus tempos de repórter de A união, d’o Correio, d’o Norte, da Rádio Tabajara ou da Rádio Arapuan, um profissional que fosse mobilizado a cobrir um evento dessa envergadura e se limitasse a registrar apenas a quantidade de público presente, voltaria a condição de estagiário por ainda não haver despertado o faro jornalístico suficiente para entender a amplitude de sua missão jornalística, passando ao largo das informações que o leitor, ouvinte, telespectador quer e tem o direito de saber.
Afinal, qual foi o resultado deste evento? Como a cidade recebeu o SOS Transposição? Quantos cidadãos da importante cidade de Monteiro foram entrevistados sobre o evento, sobre o canal se desmanchando? Qual o resumo dos discursos ali proferidos? Haverá novas manifestações? O que fazia ali a Caravana Lula Livre? O que passou a ser a cidade de Monteiro durante o tempo em que a água chegava normalmente pelo canal, e como ficou a situação depois de fevereiro, quando o bombeamento foi inexplicavelmente interrompido?
Enfim, alguém de bom senso acredita mesmo que o ex-candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, a presidente nacional do PT, deputada Gleise Hoffman, senado, governadores de Estado iriam deixar seus afazeres para participar de um evento em Monteiro se não tivesse importância nenhuma?!
O SOS Transposição, na Paraíba encampado por Ricardo Coutinho, também serviu para confirmar o resultado de pesquisas recentes de que o ex-governador socialista é disparado a maior liderança do Estado. Mas aí fica para a próxima coluna.
Wellington Farias
PB Agora
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