Por Severino Lopes
O tempo passa. Os períodos, épocas e sociedades se transformam. Algumas práticas velhas que corroem a vida, se mantêm inalteráveis. E com a mesma maldade do passado.
O mesmo sistema de 2 mil anos atrás que exclui e discrimina, continua vivo. Isso mesmo. Não foram as prostitutas, os cobradores de impostos e os pagãos que colocaram Jesus na cruz. Não! Estes quando tiveram um encontro verdadeiro e transformador com o Mestre, mudaram de vida. Se tornaram pessoas novas.
Os responsáveis pela crucificação foram as autoridades políticas e religiosas da época. Os mesmos religiosos que dominavam o templo, posavam de “justos e santos” mas importunaram o Senhor. E por pouco não apedrejaram “Madalena”. Aqueles que usurpavam a religião para tirar proveito próprio. “Sepulcros caiados”. Que manipulavam as massas em nome da religião. Que incitaram o povo para gritar “crucifica”.
Eles que conheciam a letra da Lei, mas desconheciam a essência do amor que perdoa e acolhe. Tanto tempo depois aquela mentalidade mundana e perversa persiste. Hoje assistimos a um espetáculo de defesa de um falso moralismo. Um moralismo fingido, que se apresenta como sendo “a favor da vida, contra o aborto”, que defende a família (teve imbrochável que já casou três vezes), mas discrimina, julga e condena. Que defende a vida, mas é a favor das armas, fabricadas para matar. Quanta contradição! No século da comunicação assistimos a um festival de Fake News, patrocinado por um grupo que se nutre disseminando mentiras e engodo. São os lobos vestidos de cordeiros.
Infelizmente os ventos de um sistema infame, que tenta se apropriar do “Divino” para enganar o povo, atravessaram séculos e chegaram a 2022, espalhando mentiras, ódio e maldades.