O governador João Azevêdo baixou novo decreto com medidas restritivas para o enfrentamento do coronavírus.
As novas medidas arrocham um pouco o nó. Mas não o suficiente para enfrentar o problema da pandemia com resultados perto do satisfatório.
O decreto é um mero paliativo de pouco efeito.
Não adianta, no estágio em que chegamos, ou o governo tem coragem para decretar o lockdown, ou vamos padecer ainda por muito mais tempo tentando sobreviver a uma verdadeira matança humana.
Parece até que os nossos governantes não entenderam, ainda, que o coronavírus se propaga e se mantém passando de pessoas para pessoas. Não há remédio para evitar a Covid-19. Aliás, há apenas dois: distanciamento e isolamento sociais. Afora isso, temos as vacinas que reduzem os efeitos de uma eventual contaminação, e que são muito
importantes.
Não tem lógica
Só existe uma fórmula eficaz para eliminar o coronavírus, que é interromper a sua cadeia de propagação através das pessoas.
Então vejamos: num quadro caótico como este que vivemos, em que o nosso inimigo invisível se propaga e cada vez mais fortalece o seu grau de letalidade, faz sentido permitir que os transportes coletivos operem naturalmente?
Imagine aí: ao longo do dia, numa cidade como João Pessoa, quantas pessoas trafegam dentro dos ônibus e para quantas elas repassam o maldito covonavírus?
Agora se some a tudo isso, restaurantes, bares, shoppings, barbearias, feiras livres, tudo funcionando. O vírus corre frouxo e zomba da nossa morte…
Ah, mas estes serviços fecham a tal hora, dirão os teimosos. Sim, mas um bar aberto por duas horas possibilita que quantas pessoas portadoras do vírus repassem para tantas outras?
Economia
Há o famoso discurso em favor da economia, do mercado de trabalho etc.
Acontece que o coronavírus botou a humanidade numa sinuca de bico. Não existe cenário bom para ninguém.
Já imaginaram quantas empresas já fecharam, quebraram; quantas pessoas perderam seus empregos, desde o início da pandemia, mas, sobretudo, ao longo dela?
E, se de início tivéssemos feitos como fizeram alguns países: fecha absolutamente tudo por 30 dias. Interrompe a propagação do vírus. Muito menos empresas teriam quebrado e muito menos gente estaria desempregada.
Com estas medidas paliativas, que denota falta de coragem dos nossos governantes, o problema está sendo empurrado com a barriga, o vírus continuará infectando e matando, as empresas fechando e o mercado de trabalho desempregando.
No final, o cômputo geral será um prejuízo muito maior.
Atenção
Acaba de se confirmar, neste momento, às 18h de quarta-feira – dia 10 de março de 2021, o Brasil registrou 2.286 óbitos por Covid-19, nas últimas 24 horas. Só na Paraíba, foram 50 mortes.
Quantos ainda haverão de morrer?..