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Opinião: PM paraibana, a melhor avaliada do Brasil, esta “por-ra-qui” com o Governo

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Uma semana após espalhada a notícia de que a Polícia Militar da Paraíba é a melhor avaliada do Brasil, o Governo do Estado deu uma rasteira na tropa.

Dos coronéis ao mais raso soldado da corporação, estão todos “por-ra-qui” com o governo, em razão da “contrapartida” recebida depois de conquistar invejável nível de excelência em comparação com as polícias militares dos demais estados.

A rasteira se deu na votação, na Assembleia Legislativa, de um projeto de autoria do governo, que incide sobre soldos, gratificações e outros penduricalhos da tropa.

O governador João Azevêdo precisa dar um tempo nos conselhos delirantes que tem recebido dos seus assessores que, certamente, o fazem ficar alheio ao que está acontecendo em alguns setores essenciais, dentre eles a PM; precisa se inteirar do que realmente está rolando no seu governo, até para não chorar o leite derramado em ano eleitoral…

O grau de insatisfação da tropa com a gestão de João Azevêdo agravou-se ainda mais depois da aprovação do tal projeto, que não beneficia quase ninguém. Mais que isso: projeta um futuro deprimente de condições indignas de sobrevivência, para o profissional militar justamente quando ele mais precisa: depois de reformado.

Embora seja mais bem avaliada do Brasil, a PM paraibana é a que tem os piores salários. Para melhorar um pouco a situação, o governo semeia penduricalhos no contracheque dos policiais, valores estes que não recaem sobre os seus soldos depois de aposentados.
A coluna recebeu inúmeras mensagens de policiais de várias parentes, reclamando da rasteira que levaram mediante aprovação do projeto, esta semana, na Assembleia Legislativa.
Numa delas, está detalhada, por exemplo, a perda que um militar acumula se for reformado em 2022.

Um segundo sargento, por exemplo, que tem R$ 1.586,00 de bolsa, mais R$ 480,00 para refeições, mais R$ 157,00 de GPE, amealha no contracheque a bagatela de R$ 2.223,00. Quando reformado, perde tudo, ficando só com o soldo básico. Essa perda, somada a gratificação de inatividade de R$ 408,00, que também vai embora, resulta numa perda total de R$ 2.631,00.

Pode parecer pouco, mas quem já ganha uma merreca, é empurrar o sujeito para uma situação de penúria total.

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