O que é ser Paraíba? Paraibano? É ser gente. Ser SER HUMANO com letras maiúsculas na grafia. Ser o que somos. Um povo forte, aguerrido, cuja cultura, a arte e as ciências de forma ampla respiram por cada poro da nossa existência. Solidez em sol escaldante e ao mesmo tempo acalentador.
Uma cantilena suave com plumas nobres somada à delicadeza da própria natureza. Uma mistura de água e fogo. Embates de placas tectônicas que ajudam a moldar o mundo. Assim é ser um paraibano. Aquele ou aquela gerado no ventre sagrado da mãe Terra. A personificação da doce e poderosa Gaia. Um Estado chamado Paraíba. Um estado de espírito belo.
Paraibano existe. Paraíba também. “Paraibada”, não! Preconceito, xenofobia, repulsão; não importa o termo. Alguém de uma dimensão inferior de nome Fontenelle não merece crédito quando escarra a ignorância.
Sua “beleza” e “inteligência” estão e sempre serão disformes. Irregularidades estão impregnadas em tal ser quase unicelular. Bem mais interessantes são os protozoários. Sim, pois eles podem ser vistos pelos microscópios da vida. A Fontenelle não. Sua pequenez é invisível.
Paraíba, sublime torrão. Terra doce e amada que sempre pariu pessoas, dentre as quais muitas fincaram seu legado não só na história brasileira. Foram além-mar, singrando em bela embarcação até transpor as Colunas de Hércules.
A Paraíba é isso. Local que nasci. Que milhões nasceram. Berço do próprio Brasil. Uma das sementes de um país tropical, no seu extremo oriental, como disse e cantarolou o sábio poeta.
Paraibano, Paraíba. Aqui se faz delicioso queijo coalho e pratos tão requintados que a Europa inveja. Não temos o Bordeaux, mas exportamos o saber. Paraíba hospitaleira, morena brasileira, dona é ela de belo litoral. Do xique-xique arretado até as riquezas naturais únicas.
Paraíba é isso. Paraibano, paraibana idem. Doce é a Paraíba. “A minha terra/ Que só encerra/Belezas mil/ Pode ser chamada/A namorada/Do meu Brasil”. Sigamos todos que nasceram na Paraíba, ou “adotaram” ela como lar.
Progresso e beleza em um só lugar. Paraibano, sim senhor! E com orgulho gigantesco. Um privilégio por ter nascido ouvindo a respiração da Mata Atlântica e escutando o som do tão raro bioma chamado Caatinga. Paraíba, eita que é tudo de bom!
Eliabe Castor
PB Agora