Na tentativa de pressionar a Assembleia Legislativa a reprovar contas públicas de adversários – a serem analisadas em breve – o deputado Tovar Correia Lima foi de extrema infelicidade, prestando declarações que desqualificam a Casa de Epitácio Pessoa, os seus técnicos (de reconhecida competência) e a si próprio enquanto parlamentar.
Segundo relatou o deputado Manoel Ludgério, na sessão ordinária desta quarta-feira (15), o seu colega Tovar Correia Lima teria cometido a infeliz declaração de que deputado entende tanto de contas públicas quando de energia nuclear.
Em suma, o deputado campinense quis dizer que a Assembleia Legislativa não entende nada de contas públicas.
Com tal atitude, e tamanha deselegância com os seus pares e com o corpo técnico da casa, Tovar também deu demonstração inequívoca de que sequer conhece os seus deveres e competência profissionais enquanto parlamentar. Melhor dizendo, deixa transparecer que não sabe nem para que foi eleito.
Esquece ele que quem está constitucionalmente habilitado para aprovar ou reprovar contas públicas não é o Tribunal de Contas do Estado, mas a Assembleia Legislativa e as Câmaras Municipais.
Se o parlamentar tivesse se dado ao cuidado de observar as Constituições e as Leis, saberia que o Tribunal de Contas é mero órgão auxiliar dos Legislativos, ou seja: apenas pode oferecer um parecer ao Legislativo sobre as contas públicas; não decide nada, não aprova nem reprova nada.
O ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, anunciou o que todo mundo já sabia: que não vai disputar o governo do Estado.
A coluna comentou certa vez que Romero estava bichado para concorrer à principal cadeira do Palácio da Redenção.
Romero não soube conduzir o processo; não se fez dono de si em tempo hábil, deixando sempre a ideia de que estava a reboque do grupo Cunha Lima.
Pelo visto, Romero pode desistir do sonho de disputar o governo. Afinal, perder uma, duas, três ou quantas campanhas forem necessárias, até que faz parte. Agora desistir antes do tempo…
E Romero já desistiu duas vezes.
Mas acertou em cheio: para deputado federal, naturalmente tem muito mais cacife e voto.
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