O empresariado da área de turismo tem feito manifestações pelo abrandamento das medidas restritivas adotadas pelo governador João Azevedo e o Prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
De acordo com o que noticiou o PB Agora, o mais recente protesto ocorreu na quinta-feira (1/4), em frente ao Palácio da Redenção.
Até então, o mais recente havia sido na segunda-feira última (15/03). Empresários do setor de alimentação e hotelaria fizeram uma manifestação pela revisão das medidas que determinaram redução do horário de funcionamento de bares e restaurantes, e fixaram limites de acesso às praias e fechamento do comércio nos finais de semana.
Tudo bem, mas…
É compreensível. Estão todos no sufoco causado pelos transtornos decorrentes da pandemia do coronavírus. Aliás, eles e todos nós. O cenário não beneficia ninguém. O planeta está numa tremenda sinuca de bico há mais de um ano.
Vamos combinar: não basta promover manifestações, protestos e reclamar contra as medidas. Primeiro, tem que dar demonstrações de que estão dispostos a colaborar. O que não tem acontecido, com honrosas exceções.
Ao longo de mais de ano de pandemia, o que mais se viu em João Pessoa – e outras cidades, também – foram restaurantes e bares apinhados de gente, grande parte sem máscaras, e praticamente ninguém obedecendo protocolos sanitários. Muitos desses estabelecimentos nem protocolo adotaram.
E não estamos falando de botecos de periferia, barzinhos de pequeno porte. Estamos falando dos mais luxuosos bares e restaurante da orla de João Pessoa.
Temos visto viralizando na internet, com muita frequência, vídeos mostrando estabelecimentos frequentados pela elite lotado de gente, numa total afronta às normas sanitárias baixadas pelo governo e pela Prefeitura de João Pessoa.
Assim, não dá! É querer demais: além de não colaborar para interromper a cadeia de contágio do coronavírus, exigir que o poder público afrouxe as normas sanitárias.
Normas que também são resultados da irresponsabilidade daqueles que não estão nem aí para o que está acontecendo; ou para aqueles que só pensam no lucro e para quem cifras estão acima de vidas.
Há as exceções, claro. Mas não raríssimas.
O setor turístico também precisa se conscientizar de que, na medida em que não colabora no cumprimento das normas sanitárias, a situação vai se agravando e novos decretos ainda mais rigorosos vão surgindo.
Ou entendem que este é o jogo, ou ainda irão sofrer muito.
Aliás, todos nós.