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Paraíba obtém a melhor nota do país sobre ensino remoto, segundo a FGV

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A Educação da Paraíba é destaque nacional em pesquisa feita pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EESP). De acordo com o estudo, durante a pandemia da covid-19, a Paraíba é o Estado melhor avaliado dos programas de educação pública EAD dos Estados brasileiros. A publicação está disponível neste link.

A Paraíba ganhou destaque por ter uma maior cobertura e menor demora na implementação da modalidade de ensino remoto para os alunos das Escolas Estaduais, o que deu ao Estado, em nível nacional, a melhor avaliação com nota de eficiência 6,0, seguido do Distrito Federal (5,88) e Minas Gerais (5,83). A nota da Paraíba foi mais do que o dobro da média nacional, que obteve 2,38.

O índice é composto pelos indicadores de ensino remoto avaliados no estudo ao longo do tempo. Isto é, estados e capitais que implementaram um bom plano baseado em vários aspectos do plano rapidamente receberam notas mais altas no índice do EAD por um período maior e obtiveram uma média geral maior do que outros programas. Estados com uma nota menor decretaram um plano de pior qualidade e normalmente estes planos foram implementados mais tardiamente na maioria dos casos.

O governador João Azevêdo comemorou o resultado em seu perfil nas redes sociais. “Diante do desafio que foi implementar uma plataforma que atendesse todos os estudantes e professores da Paraíba em um curto espaço de tempo, esse é um resultado que nos enche orgulho e satisfação. Quero agradecer a cada professor e professora, cada dirigente escolar e a todos e todas da Secretaria de Educação pelo empenho e determinação para que isso fosse possível”, ressaltou.

E complementou: “Sabemos que o Brasil ainda está muito longe do ideal em educação à distância, mas esse resultado é uma demonstração de que a Paraíba fez o melhor para que seus alunos e alunas tivessem o menor prejuízo possível na pandemia”.

Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa analisou os programas das 27 unidades federativas brasileiras e de todas as 26 capitais estaduais, de março a outubro de 2020. Os pesquisadores são do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo

A pesquisa codificou a data de introdução e a duração dos programas implementados e quais os meios utilizados para transmitir as aulas (Internet, rádio ou televisão). Também mediu quais os investimentos feitos para distribuir acesso (telefones, chips de celular, tablets, livros, apostilas e subsídios para acesso à internet), quais políticas foram adotadas para garantir a supervisão dos alunos (se por meio dos professores ou secretarias de educação) e o escopo da cobertura dos programas (ensino infantil, fundamental e médio). Estes indicadores são utilizados como componentes para a criação do Índice de Educação à Distância (EAD), que captura a qualidade das múltiplas dimensões dos programas educacionais.

O secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia Paraíba, Claudio Furtado, disse receber com satisfação o resultado da pesquisa, que aponta o Estado como o que adotou o melhor plano e com mais rapidez. “Ainda não alcançamos a nota máxima, mas, diante das circunstâncias, que exigiram urgência e não permitiram um planejamento, ficamos felizes em saber que os esforços de toda a Rede Estadual para implementação do Regime Especial de Ensino alcançaram um resultado satisfatório. A experiência em 2020 foi fundamental para continuarmos aperfeiçoando, com ainda mais dedicação e responsabilidade, o ensino híbrido que será adotado em 2021”, comentou.

Regime Especial de Ensino – O Regime Especial de Ensino teve início em abril de 2020 na Paraíba com a abertura da formação sobre o uso de tecnologias educacionais, disponível para todos os professores da Rede. Por meio de edital, 100 tutores foram selecionados e treinados no mês de abril de 2020, para serem responsáveis pela formação dos demais professores na utilização das tecnologias educacionais para planejamento pedagógico e organização das aulas.

O Regime tem como objetivo o desenvolvimento de ações que trouxeram um novo sentido aos processos de ensino e garantiram a aprendizagem durante o período do distanciamento social, considerando os diferentes perfis e contextos socioeconômicos existentes no estado da Paraíba. Durante todo o período foram implementadas atividades complementares que são elaboradas pelos docentes, em consonância com os documentos norteadores expedidos pela SEECT.

Ferramentas utilizadas – A Secretaria disponibilizou a plataforma on-line ‘Paraíba Educa’ (https://paraiba.pb.gov.br/paraibaeduca). O recurso reúne todas as informações sobre Regime Especial de Ensino, assim como os recursos educacionais, documentos legais e pedagógicos norteadores, além de promover o contato direto entre estudantes, professores, gestores e a SEECT. Além disso, também estão sendo utilizadas a plataforma Google Classroom para organização das escolas e das salas de aula; o aplicativo Paraíba Educa, que foi disponibilizado de maneira gratuita e sem uso de dados móveis dos smartphones, além da produção de videoaulas e do uso das mídias sociais. Por fim, os estudantes que não têm acesso à internet também foram atendidos pela SEECT por meio da entrega de materiais impressos na casa de cada aluno, promovendo a inclusão de todos os estudantes da Rede Estadual de Ensino.

TV Paraíba Educa – Outra ação pioneira, desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, foi a TV Paraíba Educa. Em parceria com a Assembleia Legislativa da Paraíba, a TV leva aos estudantes programação educativa por meio dos canais da Rede Legislativa, cujo sinal abrange a maior parte do Estado da Paraíba. A programação da TV Paraíba Educa é exibida diariamente das 8h às 20h30, com programas inéditos e reprises, como forma de garantir a acesso dos conteúdos ao maior número de estudantes. As videoaulas englobam todas as etapas da Educação Básica, desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio, sendo consideradas também as especificidades de todos os ciclos da Educação de Jovens e Adultos.

As videoaulas são organizadas em programas de acordo com a etapa e os componentes a serem aprofundados. No período da manhã, são exibidas as videoaulas referentes ao Ensino Infantil e ao Ensino Fundamental; à tarde são exibidas as videoaulas referentes ao Ensino Médio, enquanto à noite é reservada para as videoaulas dos ciclos da Educação de Jovens e Adultos.

 

Secom

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