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Paraíba reduz índices de mortalidade infantil

Paraíba cumpre pacto e reduz índices de mortalidade infantil

A taxa de mortalidade infantil (TMI) na Paraíba caiu de 16,54 mortes por cada mil nascidos vivos (em 2008) para 15,10 (em 2009), segundo dados dos sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde. No início do ano passado, o Estado e 21 municípios paraibanos que concentram mais da metade das mortes que ocorrem na Paraíba em menores de 1 ano assinaram o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil, que previa reduzir a taxa em 5%, a cada ano. Considerando os dados do SIM e Sinasc, o Estado ultrapassou essa meta, alcançando uma redução de 8,7%.

Em todo o Estado, em 2008, nasceram 62.017 crianças, sendo que 1.026 delas morreram antes de completarem um ano de vida. Em 2009, foram 59.926 nascimentos no Estado e 905 óbitos. Em João Pessoa, em 2008, foram 11.759 nascidos vivos e 156 mortes. Em 2009, o número de nascidos vivos caiu para 11.453, mas os óbitos aumentaram para 165. Além da Capital, mais 20 municípios são prioritários para a redução da mortalidade infantil no Estado: Alhandra, Bayeux, Cabedelo, Guarabira, Itabaiana, Mamanguape, Santa Rita, Sapé, Alagoa Grande, Areia, Campina Grande, Esperança, Juazeirinho, Monteiro, Queimadas, Taperoá, Patos, Princesa Isabel, Cajazeiras e Sousa.

Campina Grande, a segunda maior cidade do Estado também registrou queda na taxa de mortalidade, passando de 19,64 (em 2008) para 16,71 (em 2009). A tendência foi seguida por Alagoa Grande (de 15,45 para 8,37), Alhandra (28,50 para 15,58), Bayeux (18,61 para 16,63), Cabedelo (de 20,90 para 13,71), Cajazeiras (25,26 para 23,81), Esperança (de 25,09 para 12,89), Guarabira (14,07 para 12,47), Juazeirinho (31,15 para 21,15), Mamanguape (12,90 para 9,84), Monteiro (25,64 para 23,35), Queimadas (20,51 para 15,23) e Taperoá (de 23,47 para 14,02). Na contramão dessa expectativa, João Pessoa registrou um aumento de 8,5%, passando de um TMI de 13,27 (2008) para 14,41 (2009).

Melhorias – De acordo com a gerente executiva de Ações Programáticas e Estratégicas da SES, Juliana Soares, a maioria das causas de mortes de recém-nascidos ocorre por causas evitáveis. “Uma das causas é a falta de atenção adequada à mulher durante a gestação, o puerpério e o parto, além de cuidados com o recém-nascido. Na busca pela redução das mortes, a SES vem desenvolvendo fóruns de negociação entre as maternidades e qualificando a atenção básica, a média e a alta complexidade com o objetivo de construir redes de assistência materno-infantil, propiciando linhas de cuidado para a mãe e o bebê”, disse.

Ela destacou a implantação da primeira unidade de terapia intensiva (UTI) materna da Paraíba, que foi inaugurada este ano na Maternidade Frei Damião. “São seis leitos funcionando na UTI. Este foi um grande passo que vai contribuir para a redução da mortalidade materna. Ainda, na Frei Damião, ampliamos o número de leitos da UTI neonatal e implantamos a unidade de cuidados intermediários (UCI). Com os novos serviços, a maternidade se torna referência na Paraíba para gestantes de alto risco. O Estado também conta com o Centro de Referência de Bancos de Leite Humano Anita Cabral, que monitora todos os bancos de leite do Estado e tem estimulado o aumento do leite coletado, ajudando a salvar a vida de milhares de bebês prematuros nas UTIs do Estado”, finalizou.

Pacto – O Pacto de Redução da Mortalidade Infantil prevê que o Estado e municípios ampliem e qualifiquem as equipes neonatais, os bancos de leite e os leitos de UTI e UCI; ampliem a cobertura e qualifiquem a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); organizem suas redes de assistência materno-infantil e melhorem a vigilância e investigação dos óbitos infantis. “Os municípios que não conseguiram reduzir a mortalidade, a exemplo de João Pessoa, não devem está fazendo o dever de casa”, afirmou Juliana Soares.

 

 

Assessoria

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