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PB está com 10% da reserva hídrica

 “A situação é gravíssima no Sertão da Paraíba. É grave na região de Campina Grande e, no Curimatau, é gravíssima. Só temos 10% da capacidade de armazenamento de água do Estado”. A afirmação é do diretor presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), João Fernandes, sobre a crise hídrica. O assunto foi tema de sua palestra ontem, no 5º Encontro Estadual de Comitês de Bacias Hidrográficas, que aconteceu, durante todo o dia, em um hotel na orla de João Pessoa.

Pelo menos 2,5 milhões de paraibanos sofrem atualmente com a estiagem. Na região de Campina Grande, conforme Fernandes, há 1 milhão de habitantes vítimas da falta de chuva e, na região do Sertão, 1,5 milhão. “Quem tem uma vida melhor, mais folgada é o Agreste, que pega o Brejo, o Litoral e uma parte da Grande Campina”, constatou. Ainda segundo ele, a situação da Paraíba não é diferente do Rio Grande do Norte, do Ceará e de Pernambuco, Estados que formam o Atlântico Leste Oriental ou nordeste setentrional. Administrando o risco. “O Nordeste Brasileiro tem 3,3% das águas do Brasil e nós, os quatro Estados, temos apenas 0,5%. Daí porque devíamos estar administrando o risco e, no entanto, estamos administrando a crise. É difícil. A situação da Paraíba é ruim, mas tem piores do que nós nesse processo”, resumiu.

“A Paraíba tem hoje 10% da capacidade de armazenamento e 7% no semiárido. Então os sistemas da maior importância, como o Piancó, Piranhas-Açu, que é aquele que sai de Mãe d’Água e de Coremas, pereniza o rio, atendendo a 30 municípios, sendo 26 da Paraíba e apenas quatro do Rio Grande do Norte. Hoje estamos liberando 2,5 mil litros por segundo. São, mais ou menos, 2.250 mil litros para a Paraíba e apenas 10% para o Rio Grande do Norte”, contabilizou o presidente da Aesa. Já o sistema do Rio Paraíba, que é o de Boqueirão, atende a 18 municípios e oito distritos que têm perfil de pequenas cidades na Paraíba.

Redação com assessoria da Aesa

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