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PB registra 11 casos de assassinatos motivados por homofobia em 2011

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A Paraíba registra, até o começo de julho deste ano, 11 assassinatos de homossexuais em cinco cidades do Estado. O levantamento feito pelo Movimento Espírito Lilás (MEL) aponta que o número de crimes motivados por homofobia nos primeiros meses de 2011 igualou o número de crimes semelhantes cometidos durante todo o ano passado. Os números foram apresentados durante uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (20), na Sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em João Pessoa.

 

De acordo com o Presidente da entidade, Renan Palmeira, estes números comprovam uma realidade cruel na Paraíba. “O preconceito e a discriminação por identidade de gênero ou por orientação sexual diferenciada da heterossexualidade, produz para a comunidade LGBT diversas repressões culminando com assassinatos brutais”, disse Renan. Ele ainda diz que a falta de uma lei que criminalize a homofobia produz o fortalecimento do sentimento homofóbico e fundamentalista conservador.

 

Seis mortes aconteceram em João Pessoa, capital do estado, enquanto outras três foram registradas em Campina Grande. Queimadas e Souza registraram um homicídio cada. “O MEL esta indignado com esses assassinatos e vem a público cobrar políticas públicas de segurança para a comunidade LGBT. Cada um desses onzes assassinados de forma brutal é motivo de profunda tristeza para todos nós”, relata.

 

O MEL solicita que o poder público amplie as delegacias especializadas em combate a homofobia em todas as regiões do Estado da Paraíba. “Também solicitamos o funcionamento da Delegacia Especializada em Combate a Homofobia de João Pessoa no turno da madrugada e da noite, onde a população LGBT esta mais vulnerável, e que a secretária de segurança crie um banco de dados institucional para controlar os números de assassinato contra a população LGBT”, finaliza Renan, que cobra cursos de capacitação dos profissionais de segurança, para poder tratar com as vitimas de homofobia.

 


Confira a lista dos LGBTs assassinados em 2011

João Pessoa

Roberto Confessor da Silva

Travesti, de 28 anos de idade, foi executado a queima roupa com dois tiros quando chegava em casa após noitada com os amigos, por volta das 4h da manhã de domingo de 29 de maio de 2011, em Mangabeira. Populares disseram que o acusado pelo crime é um homem que mantinha relação sexual com a vítima.

Alexandro da Silva Oliveira

Líder religioso, homossexual assumido, de 34 anos de idade, executado a queima roupa com cinco tiros quando retornava para casa após ritual religioso. O homicídio aconteceu na Comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa na madrugada de quinta-feira, 6 de janeiro de 2011.

Beto Coveiro

Coveiro do cemitério Santa Catarina, localizado no bairro dos Estados em João Pessoa, homossexual assumido, morto a tiros no bairro de Mandacaru, em 30 de março de 2011.

Albanir Cardoso

Cabeleireira, de 37 anos de idade, assassinada na tarde de terça-feira, 28 de junho de 2011, no bairro São José em João Pessoa. Segundo informações, os acusados são dois homens que cometeram o crime e fugiram a pé. Ela foi morta com três tiros. Segundo a Polícia ela era lésbica e teria um relacionamento com outra mulher casada

Sérgio Benício de Sousa

Homossexual assumido, de 31 anos de idade, assassinado a tiros na comunidade de Baleado, no bairro de Mandacaru, na madrugada do sábado, de 29 de janeiro de 2011.

Travesti de identidade desconhecida

Travesti assassinada a pedradas no centro de João Pessoa, sábado 15 de janeiro de 2011. Identidade desconhecida.

Campina Grande

Luiz Carlos das Neves

Ex-presidiário de 46 anos de idade, homossexual assumido, assassinado com 26 golpes de faca por volta das 2h de 31 de janeiro de 2011 em Campina Grande, na Avenida Floriano Peixoto. Do veículo, aparentemente nada foi levado.

Inete (Daniel Oliveira Felipe)

Travesti de 24 anos, identificado como Daniel Oliveira Felipe foi brutalmente assassinado com 30 facas por quatro rapazes na madrugada da sexta-feira, 15 de abril de 2011, em Campina Grande, câmeras flagraram o ocorrido.

Valderi Carneiro

Professor de língua portuguesa, de 44 anos, foi brutalmente assassinado por estrangulamento com sinais de luta corporal, encontrado morte, na noite de sábado, 9 de junho de 2001, às 17h30, dentro de uma pousada, no centro de Campina Grande, câmera flagraram os criminosos.

Queimadas

Luciana Batista Dantas

Dona de casa divorciada, de 38 anos, foi encontrada morta ao lado de um prédio abandonado de uma fábrica no distrito do Ligeiro, na cidade de Queimadas, em 10 de fevereiro de 2011. Foi violentada sexualmente antes de ter sido assassinada, o rosto estava completamente desfigurado por golpes de pedradas.

Sousa

Raimundo Inácio

O homossexual, de 50 anos, foi esfaqueado e estuprado na sexta-feira 25 de fevereiro na cidade de Souza, por um homem desconhecido. A vítima estava com um homem, não identificado, quando recebeu um golpe de faca peixeira no ânus.

 

 

Da Assessoria de Comunicação

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